Na minha adolescência participava todos os domingos de dois cultos, um matinal, outro à noite. Pela manhã era um culto bem tradicional com a liturgia formal. Assim aprendi muitos hinos antigos, os quais ainda hoje me trazem admiração. À noite, o culto era jovem e dinâmico. Hoje observo o quanto ambos foram importantes e refletem na minha forma de celebrar. Também aprendi sobre responsabilidade e organização. Um pequeno exemplo... Havia duas caixas de madeira (gazofilácio) na saída do templo, as quais eram usadas à oferta. O pastor sempre anunciava o destino nos avisos. Na saída, as pessoas depositavam sua oferta. Mesmo sendo menino, por anos coube-me a tarefa, junto com outro rapaz, de contar e organizar as notas. Em seguida, feito o relatório, o valor era entregue ao tesoureiro. Numa oportunidade, perguntei: Mas, não basta separar as notas por valor? Por que afinal organizar as notas todas com a mesma face numa mesma direção? O tesoureiro apenas respondeu: É para facilitar a vida do bancário. Na época, todo trabalho era manual. Até hoje, organizo minhas cédulas no bolso. Lição vivida e aprendida. Mas, com certeza, há uma lição ainda maior, que é viver a vida de tal forma que a vida dos outros também se torne mais fácil. Confesso que tal lição se reflete em cada preparação de culto ou atividade na igreja.
“Aprender é Viver” com Címballuz.