Dias atrás, uma menina me perguntou: Pastor! Por que a gente não faz como aquela igreja ali? Há 40 anos atrás iniciei meus estudos teológicos. Como estudante e depois no ministério, conheci alguns cantos da IECLB. Percebi milagres acontecerem. Também passei por algumas decepções. Descobri que há muita gente engajada com a igreja. São servos fiéis a Jesus Cristo, graças aos quais o Evangelho ganha espaço e sempre se renova. Confesso que na caminhada também já escutei alguns comentando: “A IECLB está morrendo”. Acho bem difícil que isso aconteça. Há, sim, aqueles que, de maneira pessimista, assumem a sua própria falta de fé, abandonando a igreja. Outros, passam a procurar e experimentar outros movimentos religiosos. Via de regra, tais pessoas ficam pulando de galho em galho, revelando que o vazio não está na igreja, antes em seus próprios corações. Em junho, completo 34 anos de formatura e, em outubro, de ministério. Sou infinitamente grato a Deus por poder servir a Jesus na IECLB, que não é uma igreja perfeita. Sim, ela tem suas manhas e manias. Ou seja, é composta por gente como eu e você. Do púlpito, paro e observo a comunidade, que inclui a menina antes citada. De fato, não somos “a” igreja do sucesso. Também, não nos alinhamos às injustiças, não pregamos ilusões, nem vendemos o Evangelho... Apenas, oferecemos a comunhão e momentos de reflexão: Quem é Deus? Quem somos? O que o Senhor espera da gente? Assim, observo que, passo a passo, vamos marcando a sociedade, como tem sido desde o início. Então, até podemos (e devemos) aprender com o outro, mas jamais imitar. Não vivemos uma moda. Somos e temos a nossa própria História.
De João Dürr e Cláudio Kupka, “Quando o Povo se Reúne”.