Acredito que a maioria de nossos posicionamentos refletem, de alguma forma, experiências vividas no passado. Durante a minha infância, na casa dos meus pais, sempre houve armas. Especificamente, lembro-me de um pequeno revólver, uma velha garrucha de dois canos, uma espingarda “flober” e uma arma de pressão, com a qual meu irmão gostava de caçar passarinhos. Muitas pequenas vidas foram ceifadas no chumbinho. Aliás, além desta trágica lembrança, outra experiência me deixou receoso. Aconteceu num acampamento de fim de semana à beira do rio Santo Cristo, onde por descuido uma arma de pressão foi disparada atingindo a coxa da tia. O chumbo pegou nas dobras do tecido. Ou seja, não penetrou na pele, mas deixou um roxo bem feio. No início do meu ministério, conheci uma família com um menino deficiente, fruto de um pequeno chumbinho disparado pelo irmão. A oportunidade e a imprudência andam de mãos dadas. “Quão melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro. Também, quão mais excelente é adquirir a prudência do que a prata” (Provérbios 16.16).
Com Márcio Moreno, “Luz Divina”, um sucesso de Roberto Carlos (1991).