Então levaram a Jesus um homem que era cego e mudo porque estava dominado por um demônio. Jesus o curou, e ele começou a ver e a falar. (v. 22)
Há um provérbio popular que diz: “Muito ajuda quem não atrapalha”. Um homem muito sofrido é levado até Jesus. Certamente movido pela compaixão, Jesus o curou. A multidão maravilhada com a cura pergunta se Jesus é de fato o Messias esperado. Ao que um grupo de líderes religiosos, os fariseus, de pronto respondem: “É Belzebu, o chefe dos demônios, quem dá poder a este homem para expulsar demônios” (v. 24). Imediatamente nosso Senhor argumenta que tudo o que ele faz é pelo poder do Espírito de Deus, e que peca contra esse Espírito quem desqualifica o seu agir como tal.
Chama a atenção, neste relato bíblico, a postura de Jesus. Ao curar, ele integra e devolve a dignidade a esse homem sem voz, sem visão e fora de seu equilíbrio pleno. A isso chamamos de empatia, ou seja, a capacidade de sentir, de compreender, de ouvir, de se colocar no lugar do outro sem julgamentos. A empatia está intimamente ligada ao altruísmo e à capacidade de ajudar.
Por outro lado, espanta-nos a postura de hostilidade dos fariseus. Além de não ajudarem, criticam quem ajuda e desqualificam a ajuda prestada. A isso chamamos de apatia, ou seja, a indiferença em relação à dor do outro e a incapacidade de sentir com o outro.
Como comunidade cristã, somos convidados a seguir os passos de Jesus adotando uma postura empática e solidária, pelo viés da diaconia transformadora.
Senhor Jesus, envia o Santo Espírito de Deus sobre nós para que, por intermédio dele, espalhemos o teu amor, a tua sensibilidade e a tua empatia para com as pessoas sofridas de nossa sociedade! Amém.