“Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo.”
(Gálatas 6.2)
Estimados irmãos e irmãs. Certamente, em alguma ocasião da vida, você já se deparou com alguma situação onde as pessoas a sua volta começaram a abandonar algum trabalho ou tarefa em grupo que haviam assumido, quer seja a condução e reunião de um grupo ou um trabalho em conjunto, ou uma tarefa além do lugar onde estão.
Creio eu que, dependendo da situação, foi até fácil desistir do compromisso assumido e até gerou um alívio por não precisar mais estar ali naquele determinado dia e horário, e ter a agenda livre para fazer alguma outra coisa ou até mesmo descansar. Talvez, no decorrer do tempo, até uma saudade foi se criando sobre aquilo que se tinha e agora não existe mais.
Eu diria que é perfeitamente normal que isso aconteça dentro de nossa vida, quer seja social ou comunitária, pois nem tudo dura para sempre, e uma hora as coisas acabam e deixam saudades. Mas e agora, o que faremos para rever essas pessoas, para conversar com elas, cuidar, aconselhar e ouvir elas em suas dúvidas, dores, queixas e fardos, além do culto comunitário?
É nesse momento que vamos perceber que, talvez, nosso grupo não era apenas um ajuntamento de pessoas, mas sim, um local de cuidado, partilha, auxílio, acolhida, fortalecimento e até mesmo de alívio, e aí precisaremos ir novamente até aquelas pessoas que nos cuidavam.
Em nossa comunidade sempre vamos ter espaços para partilhar a nossa vida com seus acontecimentos alegres e tristes, com nossas conquistas e derrotas, com nossas dúvidas e respostas. Ali vamos aprender a auxiliar uns aos outros para carregarmos os fardos que temos. E que bom é quando podemos ter alguém para nos ajudar ou podemos ajudar outra pessoa.
Até mesmo no trabalho comunitário, em uma reforma, uma festividade ou atividade, quando somos chamados a ajudar, é necessário que o façamos com alegria, para que o nosso pensamento não seja: “bah, mas eu já fiz tanta coisa. Eu não vou dessa vez… Estou fora”. Para que ali também venhamos a colher juntos as bênçãos de partilhar fardos.
Que ao invés de nos negarmos, a frase que sairá de nossa boca possa ser: “Eu não estou fora!” para que assim, sigamos a construir a história de nossa comunidade, fazendo dela um lugar de acolhida, partilha, crescimento e fortalecimento da fé.
Oração: Amado Pai, eu te louvo por poder partilhar os pesos da vida e por poder cuidar de outras pessoas em nossas comunidades. Em nome de Jesus. Amém.
Pastor Adelar Appelt
Paróquia Evangélica de São José do Hortêncio