“Tudo o que está nas Escrituras foi escrito para nos ensinar; a fim de que tenhamos esperança por meio da paciência e da coragem que as escrituras nos dão.” (Romanos 15.4)
Uma das virtudes mais desejadas e procuradas pelas pessoas é a paciência. Já ouvi muitas dizendo que precisam de mais paciência. Dias atrás lembrei-me da história “Lição da tartaruga” publicada no Portal Luteranos:
“No riacho que cortava o sítio do avô, Tiago reparou uma pedra diferente. Quando encostou, surpreendeu-se ao ver que era uma tartaruga. Ele só tinha visto uma tartaruga de longe. Corajosamente, recolheu o bichinho, trazendo-o à margem. A tartaruga encolheu-se toda, escondendo a cabeça na carapaça. Ficou inerte. Tiago não se conformou com sua reação, pois salvou-a das águas. Começou a bater no casco com uma pedrinha. O pai, que procurava o menino para o almoço, viu a cena e chamou sua atenção: “Tiago! Pare com isso, não maltrate o bichinho”. “Não estou maltratando”, resmungou o menino. “Só quero que ela saia para se mostrar”. “Ah, é isso?”, disse o pai. Ele continuou: “Do jeito que você age, ela nunca vai se mostrar”. Então, o pai apanhou a tartaruga, levando-a para dentro de casa. Na cozinha, pegou uma folha de couve, que deixou do ladinho dela. De imediato, atraída pelo cheiro, o animalzinho se atracou na refeição. “Viu, meu filho?” Disse o pai. “Não precisamos de violência para conseguir nossos objetivos. Basta um jeitinho”. O menino, que ouviu atentamente, disse: “Tudo bem pai. Eu já entendi: Paciência e amor sempre trazem a solução.”
A paciência nos ajuda a suportar as limitações do outro. Considerada por algumas pessoas um dom e uma virtude, a paciência traz tranquilidade e paz, principalmente quando nos encontramos num momento de provação e precisamos ser pacientes para esperar a hora certa de reagir e agir.
Queremos tudo para já, não existe a mínima tolerância nem sequer com o curto prazo, e quando algo não sai como esperávamos, reagimos, inclusive, com intolerância, chegando muitas vezes ao limite da falta de respeito com as demais pessoas.
Quando temos paciência, a tendência é de que outras virtudes, como a tolerância, o respeito e a sã convivência com quem pensa diferente de nós, também desabrochem.
O menino Tiago, da nossa história acima, nos ensina: Tudo bem, pai. Eu já entendi: Paciência e amor sempre trazem a solução.
Oração: Deus, criador e doador da vida, diante de ti nós confessamos: nosso estilo de vida e nossas estruturas sociais causam discórdia e nos alienam da Tua criação. Ajuda-nos para que a paciência e o amor permeiem nosso planejar, nosso pensar e agir. Por isso vem, Senhor, fortalece-nos e ajuda-nos em nossas ações; manifesta a Tua graça por meio de nossas atitudes. Ajuda-nos para que tenhamos verdadeira comunhão. Por Jesus Cristo. Amém.
Pastora Ma. Tânia Cristina Weimer
Pastora Sinodal no Sínodo Nordeste Gaúcho