“Houve um homem enviado por Deus, e o nome dele era João. Este veio como testemunha para testificar a respeito da luz, para que todos viessem a crer por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina toda a humanidade” (João 1.6-9).

São João Batista, cujo dia comemoramos em 24 de junho, é aquele que anunciou a vinda do Salvador Jesus Cristo. João Batista foi o último profeta do Antigo Testamento. Quando olhamos para a sua vida e testemunho estamos olhando para alguém que está chamando o povo para se arrepender de seus pecados.

João Batista era pessoa humildade e cheia de bondade, com a tarefa, diga-se nada fácil, de preparar o caminho do Senhor. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Em alguns momentos ele deve ter se perguntado: por quê eu? O que devo fazer agora? Como devo proceder?
Certamente também já aconteceu com você, de você se sentir fraco, incapaz de cumprir com alguma tarefa que lhe foi confiada.
Outro dia conversando com uma pessoa, ela me falava como estava difícil coordenar um trabalho que lhe fora confiado. Que, quando a chamaram, não lhe falaram de todas as implicações e que ela estava sentindo um fardo muito pesado sobre os seus ombros.

Foi então que me lembrei e contei para ela uma história que li, a muitos anos, e que não saiu mais de minha memória.

Dois funcionários foram chamados pelo seu patrão para realizar um serviço: cada um deveria levar um saco de arroz para um cliente distante, que morava no topo de um morro. Após receber a incumbência cada um foi para seus aposentos, a fim de se preparar para a longa jornada. Quando estavam prontos para partir, um deles recebeu meio saco de arroz e o outro um saco inteiro para carregar. O que levava meio saco partiu sorridente e com certa rapidez subiu o morro e entregou a encomenda pela qual recebeu um breve agradecimento. Já o outro vinha devagar, subindo com dificuldades e quando chegou estava exausto, acabado. Quando entregou a encomenda recebeu profundas palavras de gratidão.

Ao voltarem juntos para casa um dos homens falou, orgulhoso: “antes de sair para esse trabalho eu me ajoelhei e pedi para Deus diminuir o fardo que eu deveria carregar. E Deus atendeu meu pedido”.

O outro então falou: “eu também me ajoelhei e pedi para Deus me dar forças para carregar o fardo que eu deveria levar. E Deus atendeu meu pedido.”

Sim, podemos tomar duas atitudes: achar tudo muito difícil, pedir para Deus diminuir nosso fardo e receber uma palavra de gratidão.

Ou podemos enfrentar tudo com coragem, pedir para Deus aumentar as forças para termos condições de carregar o fardo que nos é devido e receber palavras de profunda gratidão.

Sejamos luz através de nossos dons, nossa dedicação, nosso cuidado e compromisso com o Evangelho e com a Vida.

Oremos: Senhor nosso Deus, reconhecemos que somos pessoas fracas por natureza. Todos os dias pecamos contra a tua santa vontade. Perdoa-nos e ajuda-nos a lutarmos contra todo o mal e a fazermos sempre o que tu queres, amando a ti e ao nosso próximo. Dá-nos sabedoria e humildade para vivermos a liberdade cristã para o bem das pessoas. Por isso clamamos: Senhor, aumenta as nossas forças! Abre coração e mente das nossas autoridades para que não estejam tão preocupadas com o seu poder e com o acúmulo de bens e riquezas em proveito próprio. Dá que enxerguem as reais necessidades do povo.
Por intermédio de Jesus Cristo. Amém.

Pa. Ma. Tânia Cristina Weimer
Pastora Sinodal do Sínodo Nordeste Gaúcho