Maria morava no centro, junto à principal avenida. O movimento era intenso. Aparecia vendedor com todo tipo de oferta. Alguns ela atendia, outros despachava, mas sempre com respeito, pois assim era sua educação cristã. O que a deixava incomodada eram os pedintes. Ela mesma tinha vindo de família pobre. Ela estava ciente da crise. De coração, queria sempre ajudar, mas a dúvida era constante: Era de fato um necessitado? Batiam em sua casa algumas pessoas carentes, outras abusadas. Isso a deixava triste. Todavia, não queria deixar de ajudar. Certa manhã, ela encomendou 200 tijolos, os quais deixou num canto, ao lado do muro. Preparou também um espaço livre noutro lado do pátio. Assim, adotou uma nova estratégia. Toda vez que batia um pedinte, ela não recusava ajuda. Antes, pedia que os tijolos fossem colocados doutro lado do terreno. A pilha rodava de um lado ao outro. Ela ajudava de grato coração. Mas, também ouviu muitas vezes um “até logo”, vendo o pedinte lhe dar as costas. Tal estratégia de Maria lembra a palavra do apóstolo Paulo: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Ts 3.10).