Alfredo saiu da igreja. Como de costume, no caminho de volta à sua casa, evangelizava àqueles que encontrava, entregando folhetos. Apesar da chuva intensa, o desafio continuava o mesmo. Na parada de ônibus, estava um jovem. Alfredo se aproximou, cumprimentou, entregou um folheto dizendo: Jesus te ama! De imediato, o jovem retrucou: Sim! Mas, você me ama? Meio sem jeito, o evangelista acenou positivamente com a cabeça. O jovem continuou: Então, me dê seu guarda-chuva, pois quero ir para casa. Alfredo deu um passo atrás e disse: Mas, eu vou me molhar. Os meus folhetos e a minha Bíblia ficarão encharcados. Eu quero continuar minha missão. Se eu pegar um resfriado, quem evangelizará amanhã? Em voz clara, desta vez, disse: Não! Continuou sua jornada. Todavia, alguns metros adiante, não conseguiu sossegar. Voltou e lhe entregou o guarda-chuva, com a afirmação: Que Deus te abençoe! Assim, Alfredo correu na chuva, direto para casa. Chegou todo encharcado com os folhetos inaproveitáveis e a Bíblia ensopada. Mas, não reclamou. Apenas lembrou: Que Deus abençoe o moço! Algumas semanas depois, na hora dos avisos, o pastor comunicou: Chegou pelo Correio um guarda-chuva. Ele pertence a alguém aqui da Comunidade, pois contém nossa logo. A quem pertence? Ninguém se identificou. Alfredo ficou na dúvida, mas após o culto foi conversar com o pastor. Pela marca no cabo, identificou o guarda-chuva como sendo o seu. O pastor devolveu-o ao Alfredo e lhe alcançou um bilhete que estava junto no embrulho, onde constava o seguinte: Sou o Antenor, criado numa família religiosa. Mas, até pouco tempo, ateu por opção. Considerava todos os cristãos bons de discurso, mas ruins na prática da fé. Algum membro aí desta igreja me convenceu do contrário. Encontrei o caminho da fé. Obrigado pelo testemunho. Que Deus os abençoe! Leia Mateus 7.16.
De 1883, um clássico da música sacra, “Chuvas de Bênçãos”. Aqui na voz de Marcos Antônio como “Chuvas de Graças”.