Esperança
Ah sim! Penso que muitas pessoas já falaram sobre a esperança. Palavra gostosa de dizer. De desejar para outrem. Palavra que carrega em si dois fortes verbos: esperar e confiar. Esperança é esperar com confiança. Não aquela espera que chateia, que cansa... essa é enfadonha! Nada produz, senão aquele sentimento de desconfiança e ansiedade. Esperança é aquela espera altiva. Que eleva nosso olhar e nos traz aquele sorriso nos olhos da certeza... mesmo sem saber exatamente onde e quando.
No exato momento histórico que estamos passando, diante de algo que, coletivamente nos impõe certa direção, certa parada, certo isolamento, certo cuidado... talvez nunca foi tão importante a esperança. Mas a reflexão sempre é – “Mantenham a esperança”; “Estamos juntos nessa!”; “Onde colocamos nossa esperança?”...
Mas hoje, resolvi dar asas a um pensamento: Geralmente, e como isso é triste, estamos no centro dos dilemas! Focamos nossa atenção em nossas angústias e vivências, mas e Deus?! Deus tem esperança?! Será que Ele, poderoso e amoroso, tem esperança que a humanidade aprenda algo deste momento? E daí fico imaginando que Deus deve estar muito esperançoso, porque toda esta pandemia – além da incerteza, da dor, das crises em todas as áreas – trouxe também um movimento coletivo em todo mundo: vida! Em torno desta palavra, da vida, o mundo se curvou, se replanejou, sim, se obrigou refletir! E não está sendo um movimento só da área das humanas ou biológicas, mas até áreas do conhecimento da economia e política se renderam a pensar na vida.
Engraçado! Um vírus. Uma doença. Algo tão ‘ameaçador’, vestindo a morte vem impor um movimento pela ‘vida’! Parece contraditório, mas não é. Tudo o que sei de Deus, e certamente este tudo é pouco, é que nada acontece, sem passar por Ele. E nesta passagem, tudo Ele transforma.
Ah sim! Deus deve estar esperançoso que cada qual de nós possamos olhar agora para a vida como ela é de verdade! Sem a cegueira do consumismo. Sem a pressa de chegar... Deus deve estar esperançoso que possamos confiar novamente Nele – e (re)aprender a esperança: esperar com confiança! Afinal, Ele nunca nos deixou. Não será agora!!
Quem sabe, lá adiante, iremos olhar para este ano, e não ver um ano perdido, mas que nos foi presenteado por algo muito estranho, mas que nos curou de tantas outras doenças que estavam nos matando em vida e nem sabíamos! Espere! Confie! A vida sempre vence! Não a vida que necessariamente levamos, mas aquela que Deus nos deu!
Que a brisa suave do Deus Espírito Santo sopre sobre todos nós a esperança!
Diácona Nádia Mara Dal Castel de Oliveira
Comunidade de Chapecó