Faz um ano e pouco que eu moro numa casa que posso chamar de minha. Ela foi edificada no meio do terreno e, por isso, plantei grama dos dois lados.
Eu gosto dos gramados. Eles dão um ar refrescante ao espaço em que se vive. Por outro lado, precisam de cuidado, dedicação e capricho.
Noutro dia eu precisei gastar bom tempo retirando a erva daninha que insistia em crescer em meio à grama verde e bonita. O inço não se deixa arrancar com facilidade e é preciso fazer o uso de ferramentas adequadas para que o mesmo seja extirpado.
Se permanecer alguma raizinha no solo, a planta invasora brota com mais força e, assim, acaba renovando seu espaço entre as gramíneas.
Esse mato indesejado é resistente. Vai daí o cuidado com o gramado precisa ser constante para que a beleza impere de forma saudável.
Esses pequenos brotos indesejados assemelham-se ao “joio” citado na parábola de Mateus 13.24-25. Nela o Reino dos Céus é comparado a uma pessoa que semeou boa semente no campo, mas enquanto o pessoal responsável dormia, veio um inimigo e semeou o tal do “joio” no meio do trigo.
Nós, durante toda vida, convivemos com pessoas que são comparadas a “boa semente” e, outras tantas, ao “joio” ou às “plantinhas não bem vindas” do nosso gramado.
Sim, precisamos remover; arrancar, eliminar das nossas vidas estas últimas. Por quê? Porque a vida precisa ser vivida em paz, sem a presença das ditas cujas.
Diác. Valmi Ione Becker
é Diácona Emérita
reside em Florianópolis - Santa Catarina
Sínodo Centro-Sul Catarinense