Graças a Deus vivemos num país livre, onde as pessoas podem expressar sua fé. Todavia, a liberdade plena traz consigo um duplo desafio. Primeiro, não basta agradecermos por poder nos reunir com as pessoas que vivem a fé do nosso jeito. Precisamos aprender a respeitar e conviver com o outro que crê de maneira diferente ou até mesmo com aquele que não crê em nada. Diante da lei, todos são iguais, desde que não prejudiquem aos demais, são livres para prestar culto ou não. Outra questão é a necessidade de reconhecer minha própria identidade diante da pluralidade. Ou seja, precisamos saber com clareza o que cremos a fim de colocar diante dos demais o nosso ponto de vista. Caso contrário, seremos levados de um lado para o outro como uma folha ao vento por doutrinas ou novas modas religiosas que vem e vão. Se sou “luterano”, o que me une com os demais cristãos e o que é característico do meu jeito de viver a fé. Preciso saber para argumentar. Senão, serei enrolado, perdendo a minha herança particular. Paulo aconselha o jovem Timóteo: “Apresenta-te a Deus como alguém que maneja bem a Palavra” (2ª Timóteo 2.15).
De 2008, “Estrada Nova” com Oswaldo Montenegro.