Jair Ari Duarte é carregador de pianos. É a sua profissão. Ele trabalha na Intermezzo & Spina, uma loja de instrumentos musicais em São Paulo. Homem humilde - que só tem o primeiro grau - Duarte é uma daquelas pessoas que crescem dia a dia com a experiência. Ele compartilha algumas sábias conclusões. Bom! De cara, notamos que estamos no século 21, mas ainda não inventaram uma máquina capaz de carregar um piano. Isso prova que a máquina jamais substituirá totalmente as pessoas. Ao atender uma solicitação, escuto tudo com atenção. Se você é atencioso, o cliente nunca o abandona. Procuro falar pouco e ouvir bastante. Assim, respeito o temperamento do cliente e corro menos risco de dizer ou fazer uma besteira. As pessoas pensam que carregar piano é só força, mas o importante é a delicadeza, pois carregar um piano de maneira errada dá problemas na coluna. Não faço loucuras. Trabalho para sobreviver, não para me matar. Quando tem elevador pequeno ou escada estreita, o jeito é inventar. Não deixo de cumprir minha missão por causa de um obstáculo. Se o piano não passa pela porta, posso até, com consentimento, quebrar a parede. Às vezes você precisa destruir o que já está feito para fazer bem o seu trabalho. Trabalho mais satisfeito quando penso que estou contribuindo para o bem-estar de alguém. Aliás, tem gente que fica tão feliz com a chegada do piano que não me deixa ir embora. Quando faço entrega, estou sempre contribuindo para a realização de um sonho. Pense e adapte tais dicas à tua realidade. “Digno é o trabalhador do seu salário” (1ª Timóteo 5.18).