Jeremias 33.14-16
“Dias virão”, declara o Senhor, “em que cumprirei a promessa que fiz à comunidade de Israel e à comunidade de Judá. “Naqueles dias e naquela época farei brotar um Renovo justo da linhagem de Davi; ele fará o que é justo e certo na terra. Naqueles dias, Judá será salva e Jerusalém viverá em segurança, e este é o nome pelo qual ela será chamada: O Senhor é a Nossa Justiça”.
Jeremias 33:14-16 NVI
Dias virão…
Introdução
Nos encontramos na fase de transição entre dois governos – isso nos dias do profeta Jeremias. Antes de 609 a.C. temos o reinado de Josias. Temente a Deus, Josias proporcionou um tempo de otimismo e prosperidade para os israelitas. Com a morte de Josias, e com o governo de Zedequias (que significa “o Senhor a minha justiça”) começa o declínio e Judá é dominada pelo Egito em meio a tensões internas e corrupção religiosa.
O profeta
Mais uma vez, isso não é novidade a quem é frequentador assíduo de nossos cultos, um profeta precisa ser acionado para trazer orientação ao povo. Como sabemos, o profeta não fala de si e nem para si. Fala a vontade de Deus para quem está disposto a lhe ouvir. Jeremias se julga incapaz da tarefa profética mas, enfim, chama o povo à conversão. Fala da catástrofe iminente caso o povo não se arrependa. E, como é de praxe da palavra profética, Jeremias também fala da esperança e consolação.
O povo vive na escravidão e no sofrimento por causa da sua desobediência à vontade divina, mas – o dia virá – desabrochará em alegria diante da promessa da nova aliança que Deus está a oferecer.
A mensagem
“Dias virão” é, por si só, uma nesga de esperança para qualquer ouvinte. As coisas vão melhorar! O pior já passou! Agora vai! Expressões que usamos quando entendemos que a situação vai mudar para melhor – ou pior.
No capítulo 23 deste livro o profeta já havia denunciado que falsos pastores (pregação de 22/08), não foram capazes de unir o povo, antes o destruiram em suas esperanças e os dispersaram.
Mas agora sopram outros ventos, diz o profeta. O que pastores corruptos e interesseiros não foram capaz de realizar, realiza agora o próprio Deus. E esta é a grande diferença e a crucial ruptura na história da humanidade. Deus mesmo vem ao nosso encontro como um Renovo justo”.
Restauração
Restauração. Tirar das cinzas. Renovo que brota de onde parece não mais haver vida. A esperança para um povo que não consegue mais sonhar, tamanha sua desilusão. Diríamos, hoje, da falta que faz uma utopia. O sucessor que salvará Judá e Jerusalém, que dará segurança e terá o nome O Senhor é a Nossa Justiça, vem da linhagem de Davi. Ou seja, há uma clara sequência da aliança feita com Abraão (Gn 15.5; 22.17) através da aliança com Davi.
Naqueles dias se instalará a nova e definitiva aliança entre o Criador e criatura, em Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus.
Advento
Em tempos amargos e difíceis, em dias de sofrimento e desilusão, em dias de extremismos insensíveis e incertezas, “dias virão” em que a restauração já terá dado seus passos em direção ao povo que crê em Deus.
Neste tempo de enxergar além do que vemos à nossa frente, a confiança na promessa da salvação em Jesus é notícia que vem em boa hora.
Deus está agindo. Ele é poderoso para restaurar tudo. Isso quem diz não sou eu, mas o profeta no final deste capítulo: “Porque restaurarei a sua sorte e deles me compadecerei” (v.26).
Prezada comunidade que hoje festivamente se reúne neste 1º dia de Advento de 2018
Você e eu somos convidados a festejar o novo dia, o dia da restauração. “Dias virão” em que os folguedos e as músicas encherão os lugares de esperança e bem estar a toda gente. Creiamos na promessa do novo tempo. Não se enganem: falo do novo tempo com Jesus, no reino da paz e da justiça. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel (Hb 10.23).
Amém!