Em terras longínquas havia um cacique que não acreditava em Deus. Todavia, ele tinha um servo que sempre lhe lembrava de que Deus é bom. Em toda e qualquer situação, o moço exclamava: Não desanime, porque Deus é bom! Certa tarde, o chefe saiu para pescar. Ele conseguiu capturar um enorme dourado. Contudo, na hora de içá-lo ao barco, descuidou-se e o peixe lhe deu uma dentada, arrancando o dedo mínimo. Ele ficou furioso pelo acontecido. Sem mostrar agradecimento pelos esforços de seu servo que prontamente o socorreu, perguntou: Agora, o que você me diz? Deus é bom? Se fosse bom, eu não teria sido atacado. Jamais perderia o meu dedinho. De imediato, o servo afirmou: Apesar da desgraça ocorrida, somente posso dizer que Deus é bom. Que, mesmo isso, é para o seu bem, pois Deus tem os seus propósitos. O cacique ficou indignado com a resposta, mandando que ele fosse expulso da tribo. Depois de meses, o cacique novamente tomou coragem e saiu para pescar. Aconteceu que encontrou na mata por uma tribo adversária. Eles eram temidos, pois sabia-se serem antropófagos. Mal prenderam o cacique já passaram a preparar o ritual do sacrifício. Quando já estava tudo pronto, o líder adversário constatou: Mas, falta-lhe um dedo! Ele não pode ser sacrificado aos deuses. Assim, foi liberto. Ao voltar aliviado para sua tribo, pediu que o antigo servo fosse chamado de volta à casa principal. Enxergando-o, abraçou-o afetuosamente confessando: Deus é bom! Ele sempre tem um propósito em tudo. Você já deve estar sabendo que escapei da morte justamente porque me faltava um dedo. Mas, continuou o cacique: Ainda tenho uma grande dúvida no meu coração. Se Deus é tão bom, por que permitiu que você fosse expulso da tribo? Logo você, que sempre me defendeu!? O índio pensou, sorriu e disse: Amado chefe! Se eu estivesse junto contigo na última pescaria, com certeza também seria capturado e seria sacrificado no teu lugar, pois não me falta dedo algum! Em Romanos 8.28 é dito: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”.