Deus sempre age, mas nem sempre de acordo com a nossa perspectiva. Às vezes, Ele acalma a tempestade. Às vezes, apenas acalma o marinheiro. Em desespero, diante de uma situação crítica, clamamos a Deus por socorro. De repente, a ordem de Deus vem como resposta não à tempestade, antes ao nosso coração. Aliás, é preciso confessar que, por vezes, os nossos pedidos mais parecem ordens, onde determinamos a Deus como as coisas devem ser feitas. Seriam orações ou dicas explicando a Deus como agir ou atender aos nossos desejos? É o marinheiro que diz: Eu navego. Mas, precisa ser na minha direção e só com mar tranquilo. Contudo, não é bem assim na vida. Jesus deixou muito claro que “no mundo teremos aflições (tempestades). Por isso, é preciso sempre de novo ter bom ânimo, pois só com ele venceremos” (João 16.33). Então, deixa a chuva cair, as ondas baterem no casco e que o vento venha até com fúria... Não precisamos temer, pois tudo passa. Ao invés da tempestade, em confiança vamos permitir que a calma tome conta do nosso coração. O barquinho até pode sacudir com força, mas o Senhor é quem controla, tanto do barco, como do tempo e do coração. A paz não significa ter ausência de problemas. A paz é possível na consciência e confiança de que Deus está caminhando conosco. Não há o que temer. Ter paz é confiar em Deus, para não temer as circunstâncias. A calma do marinheiro está somente em Deus.
De 2015, com Jonas Vilar, “Meu Barquinho”...