Desertos. Lugares onde a água é escassa, o sol escaldante, a paisagem não muda, os caminhos são obscuros. O vento apaga as pegadas, o sol queima de dia e o frio congela a noite. Deserto é lugar de provação, de tentação e de oração.
Em muitos relatos a Bíblia traz histórias de pessoas que passaram pelo deserto, mas também nos relata a história de pessoas que morreram nele. A postura que tomamos e as escolhas que fazemos definem se o deserto será um trajeto do caminho ou o final dele.
Os hebreus viram e viveram prodígios com Deus. Libertos da escravidão do Egito caminhavam no deserto na busca pela terra prometida. E Deus estava com eles. Abriu o mar vermelho, enviou comida do céu, tirou agua da rocha. Mas ainda estavam no deserto. E por estarem no deserto muitos não foram capazes de perceber as grandiosas bênçãos que Deus enviava e murmuravam. Quando estavam ás portas da terra prometida foram enviados doze príncipes/líderes para verificar se a terra era boa (Nm 13). Doze foram. Doze viram. Mas só dois confiaram.
Dos doze enviados a Canaã, dez vieram desiludidos. Viam apenas as dificuldades: os gigantes, as fortalezas, o armamento e esqueceram-se de Deus. Por isso morreram no deserto sem jamais chegar a terra prometida. Josué e Calebe olharam para as bênçãos: os cachos de uva gigantes, romã, figos, o leite e o mel e por isso sua postura foi diferente. Naquela terra eles viram Deus.
E porque, em tudo viram Deus, o deserto lhes foi uma passagem, aprendizado, fortalecimento e amadurecimento. Porque em tudo viram Deus, o deserto lhes foi um trajeto do caminho e não o final. A terra prometida veio em seguida! Por isso: “Entrega teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais ele fará.” Salmo 37.5
Pa. Franciele Huwe Wergutz Weiss
Membro do Conselho Deliberativo do Instituto Luterano Campos Verdejantes
reside em Campo Alegre - Santa Catarina
Sínodo Norte Catarinense