Décadas atrás, escutei uma menina compartilhar que, nas férias, ela não queria saber nada de igreja. Ela era líder e “super” ativa. Estranhei, mas naquele momento minha reação foi apenas de espanto. Todavia, a partir dali refleti e assumi um desafio, o qual faço com paixão. Por muitos anos, cultivo o hábito de, em todos os fins de semana que não celebro cultos na paróquia, procurar assistir cultos ou missas de outros ministros. Inclusive, aproveito bem o período de férias. Assim, na casa dos outros, observo lições, as quais uso em meu ministério. Uma lição bem simples e fundamental que aprendi é com respeito ao ACOLHIMENTO. Em algumas igrejas entrei, participei da celebração e sai sem trocar palavra com ninguém. Estou consciente de que poderia ter puxado a conversa. Mas, é estranho que um visitante chegue à igreja e ninguém o cumprimente ou venha conversar. Estranho, mas acontece. Por vezes, observei que conversam entre si, sem se aproximar do “diferente”. Hoje, como ministro, vou direto conversar com os membros. Em especial, com quem não conheço. Também, motivo os demais para que façam o mesmo. Tenho convicção de que o ministro deve servir de exemplo e motivação aos membros. Bem como, entendo que todo o presbitério e liderança devem procurar se empenhar nessa tarefa. Tenho a experiência de que, em pouco tempo, ocorre um efeito dominó. Basta iniciar que a prática se torna hábito geral. O momento de culto, além da celebração, torna-se um “encontro fraterno”. Não quero ser acusador, muito menos, criticar por criticar. Antes me coloco junto diante do espelho e assumo que aprendi, continuo aprendendo e preciso sempre melhorar.
Uma herança de Oziel Campos de Oliveira, musicista e pastor luterano levado pela Covid no início do ano, “Aqui Você Tem Lugar”...