Barrabás era malvado. Após anos de crime, acabou atrás das grades. De antemão, sabia que seu destino seria a cruz, a mais terrível forma de execução. A proximidade da morte o deixava aterrorizado. Dor e morte sem piedade, que fim cruel! Todavia, ele tinha consciência de que tal era o resultado de uma vida desregrada a serviço do mal. Naquela sexta, ele escutou ao longe os gritos do povo: Crucifica, crucifica! De imediato, pensou que os gritos se dirigiam à sua pessoa. Mas, surpreendeu-se ao ver o guarda abrir a cela e dizer: Você está livre! Suma daqui. Outro pagará a tua pena. Mas, como? Escapuliu o mais rápido que pode. Contudo, não conseguia ir adiante sem antes saber quem estava pagando pelos seus crimes. Disfarçado, esgueirando-se no meio do povo, subiu ao Calvário. De longe, reconheceu os dois parceiros agonizando na cruz. Mas, quem será aquele do meio? Aterrorizado e curioso aproximou-se mais e mais até que conseguiu ler a placa: Jesus de Nazaré! Nas suas andanças, inúmeras vezes escutou tal nome, sempre associado ao bem. Porque o povo gritou para crucificá-lo? Porque ele assumiu a minha culpa? Porque ninguém faz nada contra tal injustiça? Os pensamentos reviram sua cabeça e seu coração. A figura do Cristo crucificado não saia de diante dos seus olhos. Até que, por fim, disse: Obrigado Jesus! Você me salvou. Daquele dia em diante, viveu um novo Barrabás (2ª Coríntios 5.17). O que valeu para Barrabás, vale para ti também. De repente, você exclama: Não sou um criminoso! Entretanto, quando reconhecemos nossa tendência à maldade com suas tristes consequências, não há outra alternativa senão dizer: Obrigado Jesus por pagar pelos meus pecados!