Às vezes, precisamos observar a chuva cair para nos darmos conta das bênçãos que vem dos céus. Então, perceberemos que Deus concede alívio quando o corre-corre diário deixa tudo abafado. Às vezes, enquanto a chuva desce, sentiremos o aroma agradável da terra seca que absorve os pingos que lhe fazem tanto bem. Só aí compreenderemos que, da terra úmida, brota o verde da esperança com seus belos frutos. Às vezes, o ruído da chuva no telhado e nas ruas revela-nos a necessidade do diálogo e do perdão para lavar as “cracas” da alma, aproximando-nos de Deus e do outro. Às vezes, somente após a chuva intensa e constante, no momento em que o céu volta a se abrir, compreendemos que as chuvas fazem parte do jornada e que, mesmo assim, sempre de novo, o sol volta a brilhar. Fato é que, às vezes no meio da agitação que a vida nos traz, precisamos parar, olhar pela janela e agradecer pelo cuidado constante do Pai conosco. Deus é sempre bondoso e maravilhoso.
Em 1982, Ângelo lançou “As Nuvens Negras”...