Sexta era o dia da torrada com queijo na hora do jantar. Após uma dura semana de trabalho, mui atenciosa a mãe pôs diante da família um prato com as torradas passadas além do ponto. O pai pegou sua torrada, sorriu e perguntou ao filho como tinha sido a escola. Em seguida, ele passou um pouco de manteiga e engoliu - bocado após bocado - cada pedaço. Quando saímos da mesa naquela noite, a mãe pediu desculpas por haver passado um pouco demais as torradas, ao que o pai apenas respondeu: Fique tranquila! Assim, elas também estavam boas. Ao desejar boa noite, o filho questionou o pai se ele realmente tinha gostado da torrada queimada daquele jeito. Ele envolveu o menino em seus braços, compartilhando: Companheiro! Pelo olhar, percebi que sua mãe estava realmente acabada. Mesmo assim, ela preparou o nosso lanche. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. De fato, a vida é cheia de imperfeições. As pessoas também não são perfeitas. Eu também não sou o melhor marido, pastor e cidadão! Aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Por isso, aprenda a levar tanto o bem, quanto as partes menos gostosas da vida, colocando-as sempre aos pés do Criador. Ele é o único que poderá nos dar um relacionamento no qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor. Veja com os olhos de Deus. As pessoas nunca esquecerão o modo pelo qual você as acolheu e valorizou.
De 1974, “Amar Como Jesus Amou” com o Padre Zezinho.