Prédicas e Meditações



ID: 2931

Ao lado de Jesus!

23/01/2023

 

Uma velha parábola pode trazer novas reflexões. Aliás, Jesus reconta uma parábola popular, com novo significado. O Rico e o Lázaro está em Lucas 16.19-31. Duas pessoas que, de repente, enfrentaram a morte e suas consequências. O rico tinha vida boa. Ele usufruía todos os prazeres que a vida permitia. Todavia, Lázaro vivia no completo desconforto. Era doente e não tinha sequer o que comer. Vale um destaque: Das parábolas de Cristo, o único citado por nome foi Lázaro, adiante se explica a razão. Aos olhos humanos, um tinha tudo e o outro não tinha nada. O rico tinha sua religião, conhecia Abraão, mas pouco ligava à prática da fé. Estava mais interessado em “curtir” a vida. Após a morte, o fiel Lázaro é levado à mesa de Abraão, onde usufrui muitas regalias. Entretanto, o rico acaba no lugar de castigo. De lá, podia ver o conforto de Lázaro. Com humildade fala a Abraão. Reconhece sua autoridade. Mas, em relação ao Lázaro, mesmo no castigo eterno, ainda se acha superior. Ele pede que este venha e lhe sirva de empregado, alcançando água. Ele não percebe que, após a morte, a realidade é bem diferente. Abraão é lhe abre os olhos ao afirmar que há um abismo que nos separa. Disse o Patriarca: Em vida, você teve a opção. Escolheu as regalias. Não deu tempo à Palavra. Não cumpriu a lei, nem sequer deu esmolas aos pobres. Continuou Abraão: Já Lázaro não tinha opção: Sofreu a vida! Eis que se abre um momento de lucidez. Então, naquele momento, o rico deixa de pensar no seu umbigo e se lembra da família. Como posso ajudá-los para que não sigam meu rumo. De tabela, meio que acusa Abraão de não ter sido avisado do fim eminente. Se fosse avisado, poderia ter se preparado. Novamente, quer abusar do Lázaro, pedindo que seja seu mensageiro. Então, usando a boca de Abraão, o Mestre apresenta uma grande verdade: Teus irmãos têm Moisés e os profetas. Eles apontam o caminho da salvação. Basta ouvir e obedecer. Tal resposta foi retroativa. Valia para o rico, como para seus irmãos. O rico não estava separado de Deus por ter riquezas. Sim, por ter desprezado as Escrituras. Mas, o rico não se conforma e pede: Por favor, mande Lázaro. Eles ouvirão quem vem dos mortos. Abraão foi categórico: Impossível! Se eles não sabem o que diz a Palavra... Se não enxergam o carente, não adianta vir um morto e dizer. Aliás, aqui está a razão do nome “Lázaro”, que esteve morto e foi ressuscitado por Cristo. Quem o ouviu? Cá entre nós, a reflexão segue: Cristo morreu e ressuscitou. Quem dá atenção às suas palavras? Por fim, o problema não é ser pobre ou rico. A questão não está nas riquezas. O problema é o endeusamento do dinheiro. Quando achamos que nele está a solução tudo de tudo. É o estilo de vida que cega, não permitindo enxergar, nem a Deus, nem ao outro. Tal vida culmina no abandono da fé. O desafio da parábola é olhar para Cristo, morto e ressuscitado. Ouvir, levar a sério e obedecer as suas palavras. Se isso acontecer, o que prevalece é o amor que vê Deus acima de tudo e o semelhante ao nosso lado. Aí, mesmo a morte, não impedirá nossa participação no banquete celestial.

“Ando com Cristo” com o mexicano Manuel Bonilla.
 


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 16 / Versículo Inicial: 19 / Versículo Final: 31
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 69420

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