Próximo ao rio, o sábio viu um escorpião sendo arrastado pelas águas. Ele correu pela margem, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, levou uma ferroada. Devido à dor, deixou-o novamente cair nas águas. Então, voltou à margem e, em seguida, alcançou um galho, com o qual colheu o escorpião. Junto à estrada, os discípulos observavam atentos à cena. Eles estavam assustados. Mas, ao mesmo tempo perplexos. Exclamaram: Mestre! Por que salvar esse animal venenoso? Veja como ele agradeceu à sua ajuda, agredindo a mão salvadora. Ele jamais merecia sua compaixão! O sábio escutava com atenção todos os comentários. Em seguida, respondeu de maneira instrutiva: O escorpião agiu conforme natureza dele. Eu agi de acordo com a minha. Tal parábola nos faz refletir sobre a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com as quais nos relacionamos. Até podemos desejar, mas nem sempre conseguimos a mudança do outro. Contudo, certo é que podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem ou o que pode. Devemos sempre procurar fazer o que nos compete com muito amor e respeito pelo outro. Escreve Paulo à Comunidade de Roma: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos 12.21).