No salmo 37.5 e 6 diz: “Ponha a sua vida nas mãos do Senhor, confie nele, e ele o ajudará. Ele fará com que a sua honestidade seja como a luz e com que a justiça da sua causa brilhe como o sol do meio dia”. Qual é a justiça de Deus que brilha como o sol? É aquela que se revela na misericórdia, na compaixão, no amor e no perdão de Cristo Jesus. É por intermédio de Cristo Jesus que Deus nos busca, resgata e liberta para a vivência da sua justiça. É por intermédio de Cristo Jesus que não permanecemos escravos do pecado, mas libertos para viver a justiça de Deus que quer brilhar como o sol, isto é, afastar as trevas da injustiça, da corrupção, da discriminação e do preconceito. Por a nossa vida em suas mãos, confiar nele, é que nos torna livres para ensair diariamente o que nos ensina a “parábola da Flor da Honestidade”.
Esta parábola conta “que um príncipe queria se casar. Como se tratava de escolher a futura princesa, era necessário que ele elegesse uma jovem na qual pudesse confiar. Aconselhado por um sábio, ele resolveu convocar todas as jovens da região para encontrar a que fosse mais digna. Vieram ao palácio as mais belas e ricas moças. Dentre elas havia uma muito simples e humilde: era a filha de uma das servas do palácio e fazia tempo que nutria pelo príncipe um amor secreto.
Cercado por sua corte, o príncipe anunciou o desafio: “Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que em seis meses me trouxer a flor mais linda será a futura princesa.
A moça humilde pegou sua semente, plantou-a num vaso e, como não tinha muita habilidade na arte da jardinagem, cuidava da terra com toda a paciência e ternura, pois pensava que, se a beleza das flores surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado. Passaram-se os seis meses e nada brotou, mesmo tendo à jovem tentado de tudo. E, embora soubesse que nada tinha para mostrar, estava consciente de seu esforço e dedicação e iria comparecer à presença do príncipe, nem que fosse para vê-lo pela última vez.
Chegou o dia da nova audiência. A moça compareceu com seu vaso sem planta e viu que todas as outras pretendentes tinham conseguido ótimos resultados: cada uma trazia uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores.
Finalmente veio o momento esperado: o príncipe entrou e observou cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, ele anunciou o resultado, indicando a filha de sua serva como sua futura esposa.
Todos os presentes começaram a reclamar, dizendo que ele havia escolhido justamente aquela que não havia conseguido cultivar nenhuma planta. Foi então que, calmamente, o príncipe esclareceu a razão de seu desafio: “Ela foi a única a cultivar a flor que a fez digna de se tornar uma princesa: a flor da honestidade. Todas as sementes que entreguei eram estéreis e delas nada poderia nascer de jeito nenhum.”
Estimados e estimadas, a justiça de Deus em Cristo Jesus, que brilha como sol ao meio dia, traz à luz tudo o que se busca conseguir e alcançar a qualquer preço, isto é, de forma injusta e trapaceira. Por a vida nas mãos do Senhor é confiar que a sua justiça vai prevalecer e nos orientar na busca da sua honestidade. Por a vida nas mãos do Senhor e confiar nele é, portanto, sob a sua luz também auscultar e escolher nossos candidatos e candidatas para as eleições agora de outubro. A justiça de Deus que brilha como o sol ao meio dia em Cristo Jesus quer ser o nosso alicerce para mudar a nossa realidade tão corrompida e carente de justiça.
Ó Deus, obrigado por todos que buscam nas suas atitudes diárias a justiça que tu amas. Obrigado, Senhor, por todos que cultivam a flor da honestidade na família, na comunidade, no trabalho, na política, nas suas decisões e relações diárias. É na justiça que tu amas, em Cristo, que um mundo mais humano e justo é possível. Amém.