HPD 489 – Sou criança e faço parte
A canção “Sou criança e faço parte” foi criada no 6º Seminário de Arte Musical (da Igr. Metodista), na Chácara Flora em 1982. E foi publicada no caderno da “Vigília Nacional pela Criança – Edição 1994”, página 9. (Veja também HPD 486 “Arrumando o mundo”)
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocrianca.asp?n=18
Essa canção serve para refletir com as crianças sobre a identidade delas e a sua participação (direitos e deveres) na família, na igreja e na sociedade.
Mas também serve para a comunidade de fé ampliar seu compromisso com as crianças e se engajar como auxiliar no culto infantil.
Tamanho não é documento!
Chegaram-se a Jesus os discípulos e perguntaram: Quem é o maior no reino dos céus?
Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe. Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar.
(Evangelho de Mateus 18:1-6)
Então traziam a Jesus algumas crianças para que as tocasse; mas os discípulos os repreenderam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como criança, de maneira nenhuma entrará nele. E, tomando-as nos seus braços, as abençoou, pondo as mãos sobre elas.
(Evangelho de Marcos 10:13-16)
Somos iguais ou queremos ser diferentes?
O Evangelho tem a ousadia de nos desafiar a aprender com as crianças e ser como elas... Precisamos mudar a nossa maneira de perceber... de escutar... nosso jeito de olhar... nossa escolha... e confessar que os meninos e as meninas, a partir de suas experiências, de sua visão de mundo, de relações, de expectativas, de sonhos e desejos podem indicar, aos adultos, caminhos ou jeitos de responder a um dos grandes desafios do nosso tempo: viver respeitando as diferenças.
Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não era valorizada, não significava nada: não produzia (em termos de trabalho) e até sete anos não estava obrigada a observar a lei. A criança servia de modelo não pela inocência ou pela perfeição moral. Ela era símbolo do ser fraco, dependente, sem pretensões sociais: simples, sem poder nem ambições.
E Jesus utilizou os modelos de seu tempo dos pontos de vista social, econômico e cultural para revelar o desejo de Deus. O “Reino” foi um critério que Ele usou para deixar claro o desejo de Deus: um mundo de justiça, de afeto e de paz.
O horizonte apresentado por Jesus é muito largo, sai dos limites da lei, do Templo, das riquezas, do poder, da produção compulsiva e alcança a dimensão do “Reino” que implica na transformação de nossos valores pessoais e coletivos.
É preciso tornar-se criança, ser diferente no sentimento, no pensamento e nas ações. “Tornar-se criança” é acreditar na possibilidade do menino e da menina de ser sujeito do seu presente e futuro, e de interferir no mundo ordenado dos adultos para transformá-lo para melhor.
“Somos diferentes” – dizem as crianças. “Queremos que as nossas diferenças como grupo sejam reconhecidas como fonte dos nossos direitos”.
Houve um tempo em que o sonho de uma sociedade justa era a exigência de uma maior igualdade entre todos os seres humanos. E o modelo da luta era por mais igualdade entre os cidadãos. Os tempos de hoje exigem uma nova posição, a de que, nós, os humanos, somos diferentes de fato, então temos cores diferentes na pele e nos olhos, somos diferentes na origem familiar e regional, nas tradições e fidelidades, temos religiões diferentes, diferentes hábitos e gostos, diferentes estilos, enfim, pertencemos a culturas diferentes.
Vida digna para todos/as quer dizer o Reino de Deus, porque “Reino de Deus”, na Bíblia, é o modelo, a referência, para o que Jesus sonhou para a vida das pessoas.
Do caderno de “Programas para encontros de crianças: EBF, etc.” da Igr. Metodista;
Elaborado por Horizontina Mello Canfield
http://criancas.metodista.org.br/adultos/05_ebf/pdfs/02-cadernos_01.pdf