Armindo Trevisan (*1933) – HPD nº 407
Armindo Trevisan é teólogo, poeta, crítico de arte e ensaísta brasileiro, tendo obras traduzidas em várias línguas, especialmente alemão, italiano, espanhol e inglês. É Autor do texto do hino HPD 407 – Se o grão não morrer debaixo da terra...
Nasceu 1933 em Santa Maria, RS. Estudou em seminário, formando-se em Teologia em 1958. Em 1963 fez o Doutorado em Filosofia pela Universidade de Fribourg, Suíça, com a tese Ensaio sobre o problema da criação em Bergson, no mesmo ano fez curso de aperfeiçoamento em Paris. De 1969 a 1970, e de setembro de 1974 a fevereiro de 1975, foi bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. De 1973 a 1986 atuou como Professor Adjunto de História da Arte e Estética na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Lecionou, também, no curso de pós-graduação em Artes Visuais da UFRGS até 2000.
Armindo Trevisan é considerado um dos maiores poetas gaúchos contemporâneos. Muitos poemas de Trevisan não são sempre fáceis de entender, mas soam agradáveis, demonstrando grande domínio do aspecto sonoro da poesia. Sua poesia, muitas vezes, assume um tom clássico. Faz uso de um vocabulário culto e incomum, porém de forma muito contemporânea, remetendo sempre, por etimologia ou derivação, a vocábulos comumente usados. Estes recursos criam uma dicção solene, um tom severo, sublinhando a dramaticidade da condição humana, numa luta austera da alma contra o corpo e vice-versa.
O tema de muitas poesias dele é o amor, participando deles frequentemente a pessoa de Deus. Ou seja, sendo uma poesia que pode ser qualificada como poesia cristã. Seus propósitos, no entanto, não são evangelizadores, mas, sim, buscam a expressão de sua inquietação existencial, demonstrando, inclusive, um certo desespero ante este embate, como se se sentisse um mero brinquedo de Deus. Apesar da antiguidade de seus temas, o poeta, por sua novidade formal, consegue nos fazer focalizá-los com olhos novos, o que o torna um poeta incomum e faz com que se coloque como uma opção à pasteurização da poesia contemporânea.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Armindo_Trevisan
