HPD nº 292 – Quem sabe o termo desta vida.
No dia 17 de setembro de 1686, o 16º domingo após Trindade, como de costume, foi lido nos cultos nas igrejas evangélicas na Alemanha, o texto bíblico de Lucas 7,11-17, que conta a história da ressurreição do filho da viúva de Naim. Nesse mesmo domingo o Duque Johann Georg de Eisenach e seus amigos se divertiram numa caçada. E aconteceu que o Duque, no momento em que queria atirar num veado, sofreu um ataque cardíaco; e morreu. Muitos dos seus amigos viram nisso um castigo de Deus, porque o Duque não havia santificado o dia do descanso. E alguns passaram a pedir de Deus um fim bem-aventurado.
E nesse mesmo dia a Condessa Ämilie Juliane de Schwarzburg-Rudolstadt (1637 a 1706) que esteve no castelo de Neuhaus, próximo de Rudolstadt, escreveu as estrofes do hino Wer weiss, wie nahe mir mein Ende (EG 330, onde tem 11 estrofes) = Quem sabe o termo desta vida (HPD 292).
Este hino expressa bem a religiosidade da Condessa Ämilie Juliane. A sua fé estava baseada na Palavra de Deus (veja Salmo 90) e no evangelho da salvação por Jesus, o Redentor. Nele ela confiava. Jesus era o seu amparo. Nele encontrou conforto. Por isso pôde cantar Estou alegre e sossegado (5ª estrofe) e Assim eu vivo em alegria, confiando nele sem cessar; aceito o que o Senhor me envia, sem vacilar nem duvidar (6ª estr.). E no fim expressa a certeza Meu Deus, meu Deus, eu sei que, por Jesus, na morte dás-me a tua luz, no original: Aus Gnad durch Christi Blut machst du's mit meinem Ende gut. (Por graça pelo sangue de Jesus me dás um fim bem-aventurado).
Fonte: Wolfgang Heiner em “Bekannte Lieder – wie sie entstanden”, Neuhausen-Stuttgart, 1989, 4ª edição, pág.168.
Veja também:
- http://www.heiligenlexikon.de/BiographienA/Aemilie_Juliane_Graefin_zu_Schwarzburg-Rudolstadt.htm
- http://www.fembio.org/biographie.php/frau/biographie/aemilie-juliane-von-schwarzburg-rudolstadt/