Pe. Lúcio Floro Graziosi (1922-1996) – HPD 358
Pe. Lúcio Floro nasceu em 18 de agosto de 1922. Os seus paroquianos o chamaram carinhosamente de “Poeta do Orquidário”, por tratar-se de um poeta especial, um poeta das coisas lá do alto.
Cursou, na década de 1940, o Seminário da Imaculada Conceição, no Ipiranga, São Paulo, estudando teologia. Depois teve o privilégio de continuar os estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, morando no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, confiado aos padres Jesuítas que formavam os clérigos. No final dos estudos foi ordenado sacerdote, em 21 de dezembro de 1946, na Igreja do Santíssimo Nome de Jesus, em Roma.
De volta ao Brasil, Padre Lúcio foi professor no curso de Filosofia do Seminário Central e dedicou-se ao serviço pastoral na diocese de Sorocaba. Ali fundou uma Associação Beneficente. E em dezembro de 1959 iniciou as atividades da primeira livraria católica da cidade, cuja renda obtida pela venda de livros religiosos seria destinada a auxiliar a manutenção dessa Obra Beneficente, que atendia mais de trezentas e cinqüenta famílias carentes da cidade.
Logo ele foi convidado para trabalhar na CNBB, Regional de São Paulo, onde teve a oportunidade de demonstrar seu espírito organizador. Depois passou a trabalhar na diocese de Santos, SP, onde teve uma variada folha de serviços, como coordenador de pastoral, professor de Ética na Unisantos, fundador de vários centros de estudo de Teologia para leigos, conselheiro da Sociedade Visconde de São Leopoldo e, a partir de 25 de janeiro de 1976, primeiro pároco da recém-criada Paróquia São Paulo Apóstolo, no Caminho do José Menino em Santos.
Pe. Lúcio ministrava frequentemente cursos de liturgia. Ele levava os seus ouvintes a entender os simbolismos com tanta facilidade, que sempre ficava o gostinho do quero mais. Suas poesias, a maioria musicadas pela Irmã Miria Th. Kolling, o tornaram conhecido no Brasil inteiro.
>O que distinguia Pe. Lúcio era o discernimento aliado à afabilidade que o tornava simpático e agradável.< (Pe. Waldemar Valle Martins). .
Em fevereiro do ano de 1996, Pe. Lúcio começou a ter problemas de saúde, inicialmente uma hérnia de disco, que depois foi causando outras complicações. Para comemorar seus 50 anos de sacerdócio, ele havia selecionado ainda 15 músicas para um CD comemorativo. Ele não chegou a festejar o jubileu aqui na terra. Pois em 23 de novembro do mesmo ano (1996), ele retornou para a casa do Pai Celestial, deixando muitos amigos e a seus paroquianos o exemplo de fé em Jesus Cristo. O CD foi lançado um mês depois do falecimento.
Em fevereiro de 1999 a diocese de Santos lançou uma coletânea das letras e composições para a liturgia, feitas pelo Pe. Lúcio, com o título ”Cantando o Amor”. Nela se encontra, com o título “Apresentação das Ofertas” o cântico de Lúcio Floro “Nosso Pai nos põe a mesa”, com melodia de Ir. Miria Th. Kolling, cuja primeira estrofe temos em nosso hinário HPD sob nº 358:
“Nosso Pai nos põe a mesa
dessa rica natureza,
onde há vinho, luz e pão.
Nós, então, nos reunimos
e o que temos, repartimos,
|:porque temos coração.:|”
Em 24 de dezembro de 1999, o Diário Oficial de Santos registrou a inauguração, no dia anterior, do busto em homenagem ao cônego Lúcio Floro, situado no largo do mesmo nome, no bairro do José Menino, em Santos, SP.
Fontes:
http://www.paroquiasaopaulo.org/historico.html
http://www.sorocaba.com.br/enciclopediasorocabana/?local=titulos&tipo=verbetes&ler=1092554625
Profª Célia Pereira Mendes e Irmã Míria T. Kolling: Coleção “Cantando o Amor”, Santos, SP, 1999