Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

Vigília Pascal

Celebração

30/03/1991

1. Introdução

Domingo de Páscoa nos anos 50 e 60. Naquele dia sempre tirávamos leite mais cedo, no escuro. Apressávamo-nos para chegar na igreja em tempo. O culto da aurora sempre começava antes do nascer do sol. Durante o culto os primeiros raios do sol pintavam as paredes com luz nova. Eu sempre gostava daqueles cultos, pois tinham um ar diferente, uma expectativa, e mais — a juventude evangélica sempre servia um gostoso café da manhã depois do culto! O que celebramos naquela vila norte-americana era o vestígio duma antiquíssima tradição: a vigília pascal. Algumas igrejas evangélicas em outros países e a Igreja Romana celebram uma vigília pascal. Mas esta não faz parte do calendário de atividades de Páscoa na maioria das nossas paróquias. Neste artigo, gostaria de compartilhar informações sobre a vigília pascal, discutir o porquê desta vigília e sugerir uma liturgia que pode ser usada em nossas comunidades.

1.1. O que é a vigília pascal?

A vigília pascal é uma vigília durante as horas que precedem a aurora do Domingo de Páscoa. A raiz da vigília está na história da saída do povo de Deus da escravidão no Egito (Êxodo 12.42). Além da dimensão de comemoração da salvação que veio do Antigo Testamento, a Igreja cristã também inspirou-se nas parábolas de Jesus sobre os servos alertas que esperam o patrão a qualquer hora (Lucas 12.35s) e sobre as dez moças que esperaram o noivo durante a noite (Mateus 25), e na história das mulheres que foram ao túmulo de Jesus bem cedo, quando ainda estava escuro (João 20.1).

A liturgia foi desenvolvida durante os séculos e é rica em imagens arquetípicas que evocam respostas das profundezas da psique humana: escuridão e luz, morte e vida, caos e ordem, escravidão e liberdade. Normalmente ela tem quatro partes: cele¬bração do fogo e da luz, celebração da palavra, celebração da água, celebração do pão e do vinho.

1 .2. Por que celebrar uma vigília pascal?

Uma vigília pascal exige planejamento e preparação. Por isso é importante perguntar antes: Vale a pena? Por que vamos organizar este evento? Há vários motivos, uns com mais peso do que outros. Uma vigília seria algo diferente para os nossos membros. Às vezes algo novo tem o poder de chamar os afastados e acomodados. Mas é questionável se um evento que começa na escuridão da noite vai acordar os acomodados. Um segundo motivo é que a vigília pascal faz parte duma tradição antiga. Celebrá-la seria uma recuperação duma parte da nossa herança. Porém, como Lutero enfatizou, antiguidade por si só não é motivo suficiente para manter ou, nesse caso, reativar uma tradição litúrgica. Um terceiro motivo para celebrar a vigília é que ela constitui um rito que apela a todos os sentidos e não só ao raciocínio. A nossa tradição é altamente racional. Usamos palavras faladas ou escritas para comunicar o que consideramos importante sobre a nossa fé e a vida cristã. Mas palavras têm suas limitações, elas não chegam a todos os níveis da nossa psique. Uma cerimónia rica em símbolos, que transmita o seu conteúdo através dos olhos, dos ouvidos, do nariz e do tato, pode tocar dimensões do nosso ser que palavras nunca alcançarão.

Este motivo tem mais peso, mas também não é razão suficiente para reativar uma vigília pascal. A vigília pascal só tem sentido se consegue comunicar o evangelho. É uma questão do conteúdo do rito, da história cuja energia deu à luz esta celebração, do mistério da fé que ela pretende proclamar hoje. Aqui achamos um motivo poderoso para preparar e celebrar uma vigília pascal. Ela quer ser um memorial solene do mistério central da salvação — a morte salvífica de Cristo e sua ressurreição vitoriosa sobre as forças do mal. Na vigília este mistério é celebrado não como um evento isolado, mas dentro do contexto dos outros eventos salvíficos da história do povo de Deus. E, mais ainda, na vigília celebramos o mistério central da salva-ção não como um evento passado e distante. Na vigília a salvação é celebrada como uma realidade presente e próxima. O ponto alto da liturgia na antiguidade foi o Batismo de crianças e adultos. Em nossa realidade isso também seria possível. Mas, além disso, podemos celebrar e reafirmar o nosso Batismo, a nossa entrada na morte e ressurreição de Jesus Cristo. A vigília pascal quer transmitir, através de seus gestos, símbolos e palavras, o sentido pascal da nossa vida e da nossa história, a via cruas da nossa existência. Certamente isso é motivo suficiente para experimentar uma vigília pascal!

1.3. Como celebrar uma vigília pascal?

Pretendo dar o esboço da vigília pascal tradicional. Obviamente ela pode e deve ser modificada para circunstâncias e práticas locais. Ela pode ser extensa, como apresentada aqui, ou algumas leituras e gestos podem ser eliminados para encurtá-la. Toda a cerimónia pode começar algumas horas antes da aurora do Domingo de Páscoa. Ou, então, as três primeiras partes podem ser celebradas no sábado à noite, deixando-se a celebração do pão e do vinho para domingo. Ou, ainda, a celebração da luz pode ser usada antes do culto de Santa Ceia no domingo.

2. A celebração

2.1. Celebração da luz

A primeira parte da vigília concentra-se na luz, a primeira obra de Deus e o símbolo de Cristo, a luz do mundo, que na primeira Páscoa venceu para sempre a noite escura do pecado.

Material necessário: uma fogueira ou um braseiro, fósforos, uma vela grande (círio pascal), velas para todos.

Se possível, começa-se fora da igreja, p. ex. no pátio ou no salão. O povo se reúne ao redor da fogueira ou braseiro. As velas são distribuídas. O pastor ou assistente pode explicar o sentido da vigília. Enquanto o assistente acende o fogo, o pastor faz esta oração:

Ó Deus, que pelo teu Filho trouxeste àqueles que crêem o clarão da tua luz, concede que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do Reino que possamos receber a tua graça e chegar à festa da luz eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito.
Povo: Amém!

O assistente acende a vela pascal no fogo dizendo:

A luz do Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas do nosso coração e da nossa mente.

Agora começa uma procissão. (Como o povo de Israel foi guiado por uma coluna de fogo da escravidão para a liberdade na terra prometida, assim também a Igreja é guiada da escravidão para a libertação do Reino. Cristo, representado pela vela, mostra o caminho.) A procissão pode ir diretamente para a igreja ou fazer uma volta no pátio, na quadra, etc. Ao iniciar a procissão, a vela pascal é elevada e o pastor ou assistente diz:

Eis a luz de Cristo.

Povo: Graças a Deus.

Durante a procissão o povo pode cantar. Na metade do caminho ou na porta da igreja a vela pascal é novamente elevada, ás mesmas frases são repetidas e o povo acende as suas velas na vela pascal. A vela pascal é levada até o altar onde, pela terceira vez, ela é elevada e as frases repetidas (a igreja deve estar às escuras).

Depois de colocar a vela no candelabro, o assistente ou pastor, com a luz da vela pascal, canta ou lê a proclamação da Páscoa. (Esta antiga canção de louvor convida primeiro os céus, depois a terra, depois a Igreja e a comunidade a se unir em louvor a Deus. Outras canções de louvor podem substituí-las ou ser adicionadas.)

Proclamação da Páscoa

Exulte o céu, e os anjos triunfantes,
mensageiros de Deus, desçam cantando,
façam soar trombetas fulgurantes,
a vitória de um Rei anunciando.

Alegre-se também a terra amiga,
que em meio a tantas luzes resplandece
e, vendo dissipar-se a treva antiga,
ao sol do eterno Rei brilha e se aquece.

Que a mãe Igreja alegre-se igualmente
erguendo as velas deste fogo novo,
e escutem reboando de repente,
o Aleluia cantado pelo povo.

 

Pastor. O Senhor esteja convosco!

Povo: Ele está no meio de nós.

Pastor: Corações ao alto!

Povo: O nosso coração está em Deus.

Pastor: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

Povo: É nosso dever e nossa salvação.

Pastor: Sim, verdadeiramente é bom e justo
cantar ao Pai de todo o coração,
e celebrar seu Filho, Jesus Cristo,
tornado para nós um novo Adão.

Foi ele quem pagou do outro a culpa,
quando por nós à morte se entregou:
para apagar o antigo documento
na cruz todo o seu sangue derramou.

Pois eis agora a Páscoa, nossa festa,
em que o real Cordeiro se imolou:
marcando nossas portas, nossas almas,
com seu divino sangue nos salvou.

Esta é, Senhor, a noite em que do Egito
retiraste os filhos de Israel,
transpondo o Mar Vermelho a pé enxuto
rumo à terra onde correm leite e mel.

Ó noite em que a coluna luminosa
as trevas do pecado dissipou,
e aos que crêem no Cristo em toda a terra
em novo povo eleito congregou!

Ó noite em que Jesus rompeu o inferno,
ao ressurgir da morte vencedor:
de que nos valeria ter nascido,
se não nos resgatasse em seu amor?

Ó Deus, quão estupenda caridade
vemos no teu gesto fulgurar:
não hesitas em dar o próprio Filho,
para a culpa dos servos resgatar.

Ó pecado de Adão indispensável,
pois o Cristo o dissolve em seu amor;
ó culpa tão feliz que há merecido
a graça de um tão grande Redentor!

Pois esta noite lava todo crime,
liberta o pecador dos seus grilhões;
dissipa o ódio e dobra os poderosos,
enche de luz e paz os corações.

Ó noite de alegria verdadeira,
que prostra o faraó e ergue os hebreus,
que une de novo ao céu a terra inteira,
pondo na treva humana a luz de Deus.

Na graça desta noite o teu povo
acende um sacrifício de louvor;
acolhe, ó Pai santo, o fogo novo:
não perde, ao dividir-se o seu fulgor.

Cera virgem de abelha generosa
ao Cristo ressurgido trouxe a luz:
eis de novo a coluna luminosa,
que o teu povo para o céu conduz.

O círio que acendeu as nossas velas
possa esta noite toda fulgurar;
misture sua luz à das estrelas,
cintile quando o dia despontar.

Que ele possa agradar-te como o Filho,
que triunfou da morte e vence o mal:
Deus, que a todos acende no seu brilho,
e um dia voltará, sol triunfal.

Povo: Amém.

2.2. Celebração da Palavra

A vigília agora volta a sua atenção para o Batismo. As leituras representam o retrospecto da história da salvação. Sete leituras são indicadas, mas nem todas precisam ser usadas. A leitura de Êxodo 14 não deve ser omitida, pois ela prefigura o Batismo e, assim, serve de elo principal entre a segunda e a terceira parte da vigília. O povo apaga as suas velas e algumas luzes devem ser ligadas, se for necessário.

Sugerimos a seguinte ordem para as leituras:

Pastor: Uma leitura de ..................................................................................................................................................................
Leitor: (termina a leitura dizendo): Palavra do Senhor!

Povo: Graças a Deus.

Silêncio para meditação.

Uma oração ou canto que complementa a leitura.

As leituras são: 1. Gênesis l.l-5,26-28a,31a; 2. Gênesis 22.1-18; 3. Êxodo 12.1-14; 4. Êxodo 13.17-15.1;5.Ezequiel36.16-17a,18-28;6. Salmo 136.1-4,10-16,21-24; 7. Romanos 6.3-11.

Aqui devemos usar a criatividade para que as leituras não se tornem monótonas. Vários leitores podem ser usados, ou um coral de vozes. Algumas das leituras podem ser encenadas enquanto são lidas, ou até apresentadas em forma de teatro (p. ex. Gn 22). Um grupo pode interpretar o texto com gestos simbólicos enquanto é lido (p. ex. SI 136 e Rm 6). Também seria possível incluir nesta parte um diálogo sobre os eventos contemporâneos da salvação. Podemos compartilhar os êxodos que temos experimentado em nossa comunidade, sociedade e vida pessoal. Depois da última leitura o povo canta um hino e a vela é carregada para perto da pia batismal.

2.3. Celebração da água

A vigília pascal, que vai da escuridão para a luz, da morte para a vida, é o tempo mais apropriado para batismos. (Por causa dos outros costumes associados ao Batismo em nossa cultura há poucos que vão querer esta data e horário para batizar. Mas podemos explicar e convidar.) Mesmo sem batismos, a terceira parte da vigília concentra-se na nova vida conquistada por Cristo e dada a nós no Batismo. A vigília é uma reafirmação anual do Batismo, uma renovação anual das promessas batismais.

Se há batismos, os pais e padrinhos e candidatos se reúnem ao redor da pia, de preferência não com as costas para a comunidade. Mesmo se não há batismos, faz-se a seguinte oração:

Ó Deus, pelo sinais visíveis dos sacramentos realizas maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, tu te serviste da água para fazer-nos conhecer a graça do Bui is mo. Já na origem do mundo teu espírito pairava sobre as águas para que elas concebes sem a força de santificar. Nas próprias águas do dilúvio prefiguraste o nascimento d;i nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade. Concedeste aos filhos de Abraão atravessar o Mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do Batismo. Teu Filho, ao ser batizado nas águas do Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da cruz, o seu coração aberto pela lança fez correr sangue e água. Após sua ressurreição ordenou aos apóstolos: Ide, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Olha agora, ó Pai, a tua Igreja e faz brotar para ela a água do Batismo. Que o Espírito Santo dê, por meio desta água, a graça do Cristo, a fim de que a pessoa, criada à tua imagem, seja lavada da antiga culpa pelo Batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova. (Neste ponto o pé da vela pascal pode ser mergulhado na água.) Nós te pedimos, ó Pai, que, por teu Filho, desça sobre toda esta água a força do Espírito Santo. E todos os que, pelo Batismo, forem sepultados na morte com Cristo, ressuscitem com ele para a vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo.

Povo: Amém.

Agora o pastor dirige uma palavra para todos:

Irmãos e irmãs, nesta noite santa mantemos vigília, esperando a ressurreição gloriosa do nosso Senhor Jesus Cristo. O apóstolo nos ensina que pelo Batismo fomos mortos e sepultados com Cristo para que, como Cristo foi ressuscitado da morte para o esplendor do Pai, nós possamos colocar-nos no caminho da vida.

(O povo se coloca em pé, as velas são acesas.)

Pastor. Por isso, renovemos as promessas do nosso Batismo, pelas quais já renunciamos a Satanás e suas vãs promessas e prometemos servir a Deus na santa Igreja cristã. Portanto: Vocês renunciam a Satanás?

Todos: Renuncio.

Pastor: E a todas as suas obras?

Todos: Renuncio.

Pastor: Para viver na liberdade dos filhos de Deus, renunciam ao pecado?

Todos: Renuncio.

Pastor: Para viver como irmãos e irmãs, renunciam a tudo o que causa desunião, para que o pecado não domine sobre vocês? –

Todos: Renuncio. ,

Pastor: Para seguir Jesus Cristo, renunciam a Satanás, autor e princípio do pecado?

Todos: Renuncio.

Pastor. Para lembrarmos o nosso Batismo, confessemos em conjunto a nossa fé com as palavras do Credo Apostólico.

Todos confessam o Credo.

Se houver batismos, estes são feitos conforme os costumes locais. Como expressão visível da reconfirmação do Batismo todos são marcados com a água. Isto pode acontecer de várias maneiras. O pastor pode aspergir o povo, ou o povo pode passar na pia e molhar seu dedo na água, ou o pastor pode marcar todos na testa com o sinal da cruz, ou, ainda, cada membro usa água para fazer o sinal da cruz na testa do próximo. Pode-se cantar durante este tempo. Depois que todos voltam aos seus lugares, a quarta parte da vigília começa.

2.4. Celebração do pão e do vinho

Esta parte começa com a declaração do pastor:

Glória a Deus nas maiores alturas!

O povo pode responder conforme a liturgia tradicional, mas mais apropriado para esta vigília especial seria responder com um hino de louvor. Enquanto este hino é cantado, todas as luzes da igreja são acesas, os sinos tocam e, se a cruz tiver sido coberta com um véu na Sexta-Feira Santa, o véu é tirado. A celebração pode seguir usando as orações e leituras indicadas para o dia de Páscoa. Por causa do caráter instrutivo da celebração da Palavra, a prédica pode ser omitida. Depois da Ceia o pastor pode convidar o povo para compartilhar o abraço da paz. Seria muito bom terminar esta vigília com uma confraternização, um café da manhã, como expressão da alegria pascal e da união da comunidade.

Quando planejamos esta ou qualquer celebração litúrgica vamos lembrar estas palavras:
Somos, em geral, tão inventivos e criativos, tão desinibidos e alegres quando se trata de organizar um carnaval ou festa... e ficamos acanhados e sérios demais quando se trata de uma celebração litúrgica. O nosso Deus não merece maior alegria e espontaneidade? (Ione Buyst, Preparando a Páscoa, p. 46.)

4. Bibliografia

A nova liturgia da semana santa. Vozes, 1980.
Buyst, lone. Preparando a Páscoa. Vozes, 1987.
Lutheran Book of Worship: Ministers Desk Edition. Augsburg Publishing, 1979.
Manual on the Liturgy: Lutheran Book of Worship. Augsburg Publishing, 1979.


Autor(a): Ronald Baesler
Âmbito: IECLB
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Área: Governança / Nível: Governança - Rede de Recursos / Subnível: Governança-Rede de Recursos-Auxílios Homiléticos-Proclamar Libertação
Natureza do Domingo: Páscoa

Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1990 / Volume: 16
Natureza do Texto: Liturgia
Perfil do Texto: Celebração
ID: 13329

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