Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

São Nicolau

09/12/2015

São Nicolau nasceu na Ásia Menor cerca de 270, tornando-se depois de adulto bispo em Mira, na atual Turquia. Celebrizou-se por sua dedicação e sincera bondade, sobretudo com as crianças, resultando em inúmeras lendas folclóricas. Em Roma existem mais de 60 igrejas com o seu nome e na Inglaterra mais de 400. Com o decorrer dos séculos foi sendo considerado o padroeiro das crianças, estudantes, escravos, presos, pobres e marinheiros. Mesmo hoje em dia, os marinheiros da Holanda, no momento de desejarem uma boa viagem aos seus companheiros, dizem: Que São Nicolau manobre o leme! Os sentenciados têm-no como protetor, porquanto São Nicolau ficou encarcerado durante anos no reinado do Imperador Diocleciano e só foi libertado em razão da anistia dada por Constantino aos que se encontravam presos por motivos religiosos. Convém lembrar ainda que ele é o patrono da Rússia.

Segundo a lenda, conta-se que o pai de Nicolau era muito rico, deixando enorme fortuna de herança ao filho. Nicolau, sempre generoso, soube que um vizinho estava em dificuldades para dar um casamento digno à sua filha. Durante a noite, às escondidas, Nicolau encheu uma pequena bolsa de moedas de ouro, jogando-a na janela do vizinho. E, com isso aconteceu a festa. Mais tarde, repetiu o gesto com a segunda filha. Tornou-se um costume, durante muito tempo, os pais presentearem seus filhos no dia 6 de dezembro, data da sua festa litúrgica. As crianças recebiam os presentes vindos do céu por São Nicolau. Esse costume surgiu na Idade Média, quando nas representações teatrais e nas festas dedicadas a São Nicolau em 6 de dezembro, um servo saía às ruas distribuindo presentes às crianças - no caso, as bem comportadas - e repreendendo as outras, que se comportaram mal. São Nicolau passou a ser representado com longas barbas brancas, montando um burrinho e carregando um grande saco cheio de presentes. Ele entrava pelas chaminés das lareiras das casas.

Essa tradição de presentear as crianças no dia de sua festa, 6 de dezembro, lentamente foi sendo transferida para o dia 25 de dezembro. Isto ocorreu na Inglaterra durante o reinado de Henrique VIII. Até então, também neste país, festejava-se a data de São Nicolau no dia 6. Porém, Henrique VIII entrando em choque com o Papa, devido ao seu novo casamento, rompeu relações religiosas com Roma. Com isso a Inglaterra passou a ter seus próprios costumes nos festejos da cristandade e um destes foi a transferência das entregas de presentes do dia 6 para o Dia de Natal. Porém, o resto da Europa continuou a festejar a data no dia 6.

São Nicolau veio a falecer em 342, cercado de respeito por todos os cristãos. Em 1087 os seus restos mortais foram transferidos para Bari, na Itália. Justamente por isso, também conhecido como São Nicolau de Bari. Assim tornou-se uma tradição é um símbolo ligado diretamente ao nascimento do Menino Jesus, pois encerra valores que despertam, reavivam e fortalecem os sentimentos humanos e cristãos.
 


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Natal
Testamento: Novo / Livro: Hebreus / Capitulo: 13 / Versículo Inicial: 7
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 36174

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O Espírito Santo permanece com a santa congregação, ou cristandade, até o dia derradeiro. Por ela, nos busca e dela se serve para ensinar e pregar a Palavra, mediante a qual realiza e aumenta a santificação, para que, diariamente, cresça e se fortaleça na fé e em seus frutos, que ele produz.
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