A vida cristã é uma caminhada ao lado de Jesus. Passo a passo, seguimos em direção ao Pai. Paulo aconselha: “Sigam adiante! Mas, sempre observando aquilo que vocês já alcançaram” (Filipenses 3.16). Ou seja, sejam gratos pelas descobertas, sem negar cada passo da caminhada realizada até o momento. Contudo, nos versos seguintes, o apóstolo cita os “inimigos da cruz de Cristo”, que estão no meio do povo de Deus para desviar os fiéis, os quais não somente desmerecem as descobertas individuais do passado, como tentam negar tudo o que se refere à história e às tradições comunitárias. É preciso parar e observar com atenção. Dos relatos evangélicos, aprendemos que Jesus não abandonou, nem a Sinagoga, nem a Festa da Páscoa. Antes, ele trouxe um novo significado, entregando-se na cruz como o derradeiro sacrifício. De cara, João Batista identificou Jesus como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29), unindo a antiga tradição ao novo momento. Nas cartas pastorais, ao dar o seu testemunho, Paulo jamais negou sua origem farisaica. Inclusive, fez questão de elogiar o mestre Gamaliel. A partir dos antigos estudos, ele reconhecia em Jesus, o “messias” prometido. Desde o princípio, a igreja lidou com toda sorte de movimento heréticos. Ainda hoje, as modas vêm e vão, arrastando incautos. Mas, cuidado! Não tire seus olhos da cruz. Cuidado com aqueles que escondem a cruz. Jamais há glória ou mérito humano. Somos o que somos, temos o que temos, graças ao que Jesus conquistou no Calvário. Que o tempo de Quaresma, seja de reflexão, penitência e aconchego ao Senhor.