Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

O TESTEMUNHO DA RESSURREIÇÃO CONTINUA EM NOSSAS PALAVRAS E AÇÕES

Atos 3.12-19

23/04/2015

borboletas no mundo
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Estamos no período pós-pascal. Tempo se seguirmos firmes e confiantes no testemunho da ressurreição de Jesus Cristo. Como dar testemunho da ressurreição em palavras e ações? O texto do livro de Atos dos Apóstolos demonstra que já no início do cristianismo, os discípulos e discípulas de Jesus levaram a sério esta tarefa.

Em Atos 3.12-19, depois de terem mostrado em gestos concretos que Jesus está vivo e continua a oferecer salvação às pessoas, Pedro e João convidam os seus interlocutores a acolherem a proposta de vida que Jesus lhes faz. No seu testemunho, Pedro começa por se referir aos dramáticos acontecimentos que culminaram na morte de Jesus, explicando-os como o resultado da rejeição da proposta salvadora de Deus por parte dos israelitas. Deus ofereceu-lhes a vida e eles escolheram a morte; preferiram preservar a vida de alguém que trouxe morte e condenar à morte alguém que oferecia a vida (negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino. Destes a morte ao Autor da Vida; At 3.14-15a). Deus, no entanto, ressuscitou Jesus, demonstrando como a proposta que Jesus veio apresentar é uma proposta geradora de vida. A ressurreição de Jesus é a prova de que o projeto de Deus - projeto apresentado por Jesus e que os israelitas rejeitaram - é uma proposta geradora de vida e de vida que a morte não pode vencer.

Para seguirmos dando testemunho da ressurreição hoje, assim como fizeram Pedro e João e tantas outras pessoas, somos chamadas (os) ao arrependimento e conversão. Estes dois verbos definem o movimento de reorientar a vida para Deus, de forma a que Deus passe a estar no centro da vida de nosso pensar e agir. Arrepender-se e converter-se hoje significa aderir à pessoa de Cristo, crer n'Ele, acolher o seus jeito de vida, seus ensinos, coloca,r ali onde vivemos, sinais do Reino que Ele anuncia e propõe. Somos também nós convocadas(os) por Pedro, como os israelitas foram, a deixarmos de lado a auto-suficiência, os preconceitos, o comodismo, a resignação e a falta de amor para abraçar o projeto de Vida, Alegria, Paz, Perdão e Humildade.

Um entre tantos exemplos de como podemos hoje seguir dando testemunho da ressurreição de Jesus Cristo, afirmando sinais de vida entre nós, é o texto ilustrativo intitulado “A porta do Lado”:

“Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.

E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente...

É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior.

Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos, mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes. Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença.

O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote. Que audácia contrariá-los! São aqueles que nunca ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga e não deixam barato.

Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente. O mundo versus eles.

Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, um deixar barato.

Eu ando deixando de graça... Pra ser sincero, vinte e quatro horas têm sido pouco prá tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.

Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a porta do lado e vou tratar do que é importante de fato.

Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado.

Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não estrague o seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia. Lembre-se, o humor é contagiante - para o bem e para o mal - portanto, sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria.
A Porta do lado pode ser uma boa entrada ou uma boa saída... Experimente!”

Que a palavra de Deus te inspire para seguires dando testemunho da ressurreição onde vives, colocando sinais de vida através de tuas ações! Amém!


Autor(a): Pa. Cristina Scherer
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: São Francisco do Sul (Litoral Norte Catarinense)
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Testamento: Novo / Livro: Atos / Capitulo: 3 / Versículo Inicial: 12 / Versículo Final: 19
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 33031

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