Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

O que sobrou da Páscoa?

25/04/2014

Boa pergunta! Na minha humilde opinião, toda pergunta que não prevê uma resposta óbvia e imediata, é sempre chamada de “boa pergunta”! Pergunta que requer reflexão!

Se a Páscoa foi pretexto para um mero “feriadão”, então acabou a páscoa. Se a páscoa foi pretexto pra comer exageradamente, abusar de chocolates e guloseimas, diria que enquanto não esgotar as cestas, ainda resta alguma coisa da páscoa. Mas em algumas semanas, também essa páscoa terá acabado.

Se o Estado é laico, mas concede feriado para a páscoa e outras datas do calendário religioso cristão, cabe a pergunta: a páscoa ainda seria uma festa de cunho “religioso”? Será que o final de semana da páscoa e o natal não teriam se transformado em mero “pretexto” pra outros fins, que não são necessariamente aqueles para os quais foram separados?

Cara leitora, caro leitor. Se a páscoa é um mero pretexto pra outras finalidades, então nada sobra e nada permanece de mais uma páscoa e mais um natal celebrados. E tudo é vão!

A pergunta lá em cima requer uma resposta à altura de seu significado! Diante das amigas e seguidoras de Jesus surpreendidas com o túmulo vazio, o anjo de Deus pergunta e responde: “Porque vocês procuram entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembram de como ele vos preveniu a esse respeito quando estava na Galiléia? Lembram de quando lhes disse que haveria de ser entregue aos pecadores, ser crucificado, mas que ressuscitaria ao terceiro dia? Lucas 24:5-8. Então elas se lembraram e creram.

Há mais de 1980 páscoas atrás, o que sobrava da páscoa era o fato de que o Filho de Deus, que havia sido crucificado e morto, era ressuscitado e voltava à vida entre os seus seguidores. O que sobrava da páscoa, era a vitória de Jesus Deus, sobre a grande inimiga da humanidade; “a morte”.
O sentido da ressurreição de Jesus transcende ao fato dele ter voltado a viver. Naquele dia, a partir daquele sepulcro vazio, encontramos respostas para as perguntas que interrogam o sentido da vida, o que há depois da morte ou se há uma esperança que não morre com a morte.

Naquele dia de páscoa para os judeus, outra páscoa (passagem) é inaugurada. A passagem da morte para a vida. Se nos acostumamos a ver a passagem da vida para a morte, a lembrança da passagem da morte para a vida deveria ser um dos motivos mais dignos de louvor, adoração, gratidão e culto ao nosso Criador.

O QUE SOBROU DA PÁSCOA?

Se Páscoa não é a alegria constante! Se não é celebração de louvor, adoração e culto ao CRISTO CRUCIFICADO, VIVO, “RESSUSCITADO DO MEIO DOS MORTOS”, então não foi “PÁSCOA”! Foi só mais um feriadão.
 


Autor(a): Túlio Cesar Jansen
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 24 / Versículo Inicial: 5 / Versículo Final: 8
Título da publicação: Jornal Notícias da Serra / Ano: 2014 / Volume: 26/abr
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 27766

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Há algo muito vivo, atuante, efetivo e poderoso na fé, a ponto de não ser possível que ela cesse de praticar o bem. Ela também não pergunta se há boas ações a fazer e, sim, antes que surja a pergunta, ela já as realizou e sempre está a realizar.
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