Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

Mensagem da Presidência para o Natal de 2017

25/12/2017

 

MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA PARA O NATAL DE 2017

Irmãos e irmãs em Cristo!

No corre-corre nosso de cada dia, acontecem fatos que nos sensibilizam. Um desses fatos é o nascimento de uma criança. Pensemos no nascimento de uma criança na nossa família. Logo a notícia se espalha. Presentes são enviados. A alegria é geral.

Há mulheres que deram à luz ao seu bebê no ônibus. Isso vira notícia na televisão! Mesmo quem não conhece aquela mãe, suspira de alívio ao saber que tudo está bem com ela e com a criança. Sim, o nascimento de uma criança sensibiliza o nosso coração.

No tempo de Natal, lembramos o nascimento de uma criança anunciada pelo profeta Isaías: Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz! (Is 9.6)

Sim, um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz! (Is 9.6)

Isaías nos leva a um tempo muito distante de nós, em Israel. Era tempo de grande aflição. Vislumbrava-se uma guerra entre povos e guerra significa sofrimento, por isso é que Isaías descreve aqueles dias com as palavras escuridão, trevas, inimizade, soldados, sangue. Tempo difícil!

Falemos sobre o tempo. Vivemos muitos séculos depois de Isaías, mas há fatos que se repetem. Cresce entre nós a sensação que a nuvem do mal nos encobrirá de vez. Não estamos em guerra, mas há o confronto escancarado entre facções criminosas nos centros urbanos.

Quantas vidas são perdidas absurdamente! Famílias são destruídas pela violência, pelo desemprego, pelo desespero! Jovens vivem a desilusão da ausência de perspectiva, de esperança no futuro. O diálogo foi substituído pelo confronto.

O que dizer sobre as lideranças políticas em nosso país? Da grande maioria, é que temos os piores exemplos... Infelizmente... Os nossos tempos fazem crescer entre nós o desespero. Vivemos com medo! Medo é uma palavra muito pronunciada... Tenho medo! Temos medo! Há muito o que temer! Não por acaso, mais e mais pessoas dizem “Vou largar mão de tudo e debandar!”.

Será mesmo esse o nosso futuro? Voltemos ao profeta Isaías. No seu tempo, o profeta anunciou a vinda de um menino. Esse menino nasceu. Esse menino foi o Filho de Deus. Para nós, esse menino é Jesus. Daí que celebramos o Natal! Para o povo cristão, Natal é a festa que nos remete ao nascimento de Jesus, o menino frágil, deitado no coxo de animais, rodeado de pessoas humildes e sedentas por dias melhores.

Natal: nasceu o menino Jesus! Ele cresceu, ensinou, protestou, propôs, inverteu, tornou-se Príncipe da Paz em meio à guerra. Para as pessoas cristãs, Jesus, o menino, jovem, crucificado e ressurreto, é Maravilhoso Conselheiro em meio ao desespero. O menino celebrado no Natal é luz radiante em meio às trevas do medo, também no nosso país!

No Natal de 2017, em meio às trevas que nos sobrevêm, celebramos novamente o nascimento desse menino, Jesus. O convite que fazemos é que tiremos as consequências do que celebramos.

Natal não é festa da magia. Natal não traz solução mágica. Natal não é milagre barato! Natal é luz que nos guia no caminho do bem – contra o mal. Natal é notícia de vida que não se conforma diante do senso comum, do “sempre-foi-assim”, “não-tem-jeito-mesmo”.

Natal é força que brota da fragilidade do menino deitado na palha da manjedoura. Natal é melodia de esperança renovada em meio à maldade humana. Natal nos inspira a sermos sujeitos atuantes na construção de relações humanas – mais humanas. Natal nos liberta do medo e nos engaja em ações que irradiam luz em meio às trevas e ao temor.

Deus nos deu um menino. É seu Filho. É Jesus. É Natal!

Natal é vida que nasce, disse o poeta.

É Natal, por isso confessamos: Pode Deus abandonar-nos, se mandou o que amou para resgatar-nos? Deu-nos o seu próprio Filho, que desceu do alto céu, sem poder nem brilho. (HPD 27,3)

É Natal, por isso cantamos: Jubiloso, venturoso tempo santo de Natal! Mundo perdido: Cristo é nascido! Rejubila, cristandade, no Senhor! (HPD 29,1)

É Natal, por isso anunciamos com esperança renovada: Olhai, no presépio repousa Jesus; olhai, ao clarão fulgurante da luz, em panos humildes o Filho de Deus, mais belo e afável que os anjos dos céus! (HPD 24,2)

Feliz Natal!

Presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
 

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