Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

Marcos 14.17 a 15.47 - Quinta-Feira Santa

Prédica

09/04/2009

Leitura Bíblica Básica: Marcos 14.17 a 15.47
Outras Leituras:
Autor: P. Elton Pothin
e-mail:
Origem: CEJ - Paróquia Martin Luther
Cidade: Joinville - SC
Data da pregação: 09/04/2009
Data Litúrgica: Quinta Feira Santa

Prédica:
Prezada Comunidade aqui reunida.

Celebramos nestes dias – quinta, sexta, sábado e domingo – o evento salvífico de Deus por nós, seres humanos – o sacrifício de Jesus na cruz, sua morte e sua ressurreição no primeiro dia da semana - para nossa salvação. Jesus pagou por nossos pecados na cruz e, a partir deste perdão recebido, podemos ter a possibilidade da salvação eterna.

Como compreender isso?

Para compreender toda a extensão do que Jesus fez por nós, precisamos constatar que, a partir da lei de Deus, todos nós estaríamos condenados para a perdição eterna. A lei de Deus é expressão de sua vontade – ela diz o que Deus quer que nós – ela diz o que nós, seres humanos, devemos fazer ou deixar de fazer.

Cito como exemplo os dez mandamentos e pergunto: você pode cumpri-los em sua totalidade?

E, se formos olhar para o que Jesus quer de nós, vamos constatar que jamais poderemos cumprir sua vontade na totalidade:

Mateus 5.22,23, 27,28, 39-45: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.
Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste.” QUEM DE NÓS CONSEGUE CUMPRIR O QUE Deus/JESUS PEDE? NINGUÉM.

E temos mais um agravante: somos seres humanos pecadores e, além de não conseguirmos fazer o que Deus/Jesus quer, ainda fazemos o contrário: fazemos o mal. O apóstolo Paulo se queixa em Romanos 7.15,19: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.” Por isso, também Paulo diz: “Pois todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.” (Romanos 3.23).

Qual o resultado disso? “O salário do pecado é a morte.” (Romanos 6.23)

Precisamos nos imaginar a cena: o julgamento. O réu que está sendo julgado SOU EU. Diante das acusações, não há como negar: EU SOU CULPADO. Pelos meus atos, eu vou ser condenado à morte. O carrasco me espera.

E então entra em cena Jesus e diz: “Ele não vai ser condenado. EU VOU MORRER NO LUGAR DELE. EU VOU MORRER NO TEU LUGAR.” JESUS VAI MORRER, OU MELHOR, JÁ MORREU NO MEU LUGAR.

Por isso, o apóstolo Paulo diz:

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Romanos 8.1)

“Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva.” (Romanos 3.23,24)

“Será que alguém poderá condená-los? Ninguém! Pois foi Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem foi ressuscitado e está à direita de Deus. E ele pede a Deus em favor de nós.” (Romanos 8.34)

E quem de nós não conhece a frase de Jesus na cruz, antes de morrer: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”? (Lucas 23.34)

Lutero diz:

“Até o momento, por minha maldade e fraqueza congênitas, fui incapaz de fazer juz às exigências de Deus. Se não puder crer que Deus, por Cristo, me vai perdoar meu falhar, que dia por dia lamento, eu estarei acabado. Terei de desesperar. Mas isso jamais farei! Pendurar-me num galho, como Judas, isso não vou fazer. Vou pendurar-me no pescoço ou nos pés de Cristo, bem como a pecadora o fez - apesar de eu ser pior que ela. Vou apegar-me ao meu Senhor Jesus. No dia do juízo final ele dirá a Deus, o Pai: Este penduricalho também vai ter que passar. Verdade é que ele nada guardou, e transgrediu todos os teus mandamentos. Pai, mas ele se pendura em mim. O que importa! Eu morri por ele. Deixa ele entrar. Esta será a minha fé!

Que possamos celebrar a páscoa libertos do medo condenação de Deus, pois nós temos Jesus. Que possamos celebrar a Páscoa com alegria nos corações, pois Jesus me perdoou, sendo condenado em meu lugar, morrendo em meu lugar. Já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Esta será a minha fé

Amém.

 


Autor(a): Elton Pothin
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Joinville - Martin Luther
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Natureza do Domingo: Quaresma
Perfil do Domingo: Quinta-feira Santa
Testamento: Novo / Livro: Marcos / Capitulo: 15 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 47
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 8849

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