Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

João 8.31-36

Auxílio Homilético

31/10/1977

Prédica: João 8.31-36
Autor: Rodolfo J. Schneider
Data Litúrgica: Dia da Reforma
Data da Pregação: 31/10/1977
Proclamar Libertação - Volume: II

 

I - O texto

Quanto à tradução ou quanto à clareza para a compreensão, o texto não contêm maiores problemas.

Devemos perguntar pela unidade da nossa perícope. Poderia ser incluído o v. 30, mas isto implicaria o exame do relacionamento da nossa perícope com o texto anterior. Mas importante é o relacionamento do nosso texto para além do v. 36. Porque lá somente a situação conflitante dos judeus contra Jesus recebe a sua última e mortal acentuação. No entanto, já no v. 33 se mostra claramente a raiz do conflito que culminará com o rompimento definitivo e irreparável entre os judeus e Jesus. Assim devemos ter presente a continuação dos acontecimentos narrados além do v. 36, não precisamos, porém, deter-nos na prédica mais detalhadamente com esta continuação.

Devemos perguntar também, se as pessoas que formulam a resposta do v. 33 são as mesmas das quais nos vv. 30 e 31 se constata que creram em Jesus. Há exegetas que negam esta identidade. No entanto, ao meu ver iríamos privar o nosso texto da sua real profundidade, se excluíssemos os que creram (v. 30 dos que tomam a posição conflitante do v. 33. A exigência a de Jesus e o direito que ele reivindica para si são tão enormes e absolutos, que também a leve e rápida inclinação de fé (vv. 30 e 31 ) não podia aceitar e admitir esta exigência.

A unidade do texto deve comprovar-se pelas suas afirmações. E, neste particular, o texto apresenta algo de específico. Não tanto pelo fato que no Evangelho de João só aqui encontramos a palavra ser livre. Aliás, a palavra liberdade nem é tão frequente no Novo Testamento. Mas há uma outra particularidade no nosso texto. Ele não fala só de discípulos, mas do ser verdadeiramente um discípulo (v.31), ele não fala só da liberdade, mas de ser verdadeiramente livre (v. 36). Naturalmente, uma chave bíblica nos mostrará que estes dois advérbios aletos e ontos não se encontram somente aqui, e que eram também palavras da linguagem diária do povo. Mas na nossa passagem bíblica, estes dois advérbios recebem uma acentuação e ênfase toda especial.

Ser verdadeiramente seu discípulo - ser verdadeiramente livre”. Na clara diferenciação entre um discipulado falso e um ser verdadeiramente seu discípulo, e entre uma errônea liberdade e o ser verdadeiramente livre” consiste e reside a dinâmica do texto. Cada pregador que irá precaver-se contra um,i compreensão muito rápida desta diferenciação. Ela é mais profunda do que a análise do pregador rotineiro faz supor à primeira vista.

II – A situação e o contexto

Jesus está em Jerusalém na festa dos tabernáculos. Esso festa, que durava sete dias e era a mais popular entre os judeus, era celebrada no mês de outubro como o fim da colheita.

A Galiléia tinha rejeitado Jesus. Por isso ele transfere a sua atividade a Jerusalém. Essa atividade se apresenta como uma longa e árdua luta com as camadas influentes dos judeus, entre as quais os fariseus eram a força preponderante. O povo oscila indeciso de um lado para o outro.

Na primeira fase da luta na festa dos tabernáculos (cap. 7.14-52), Jesus continua com a sua auto-revelação, iniciada no cap. 5, e intensifica cada vez mais os seus ataques contra os judeus incrédulos. Os judeus não lhe podem negar a sua admiração pelo seu conhecimento das letras sagradas (7.15). É dramático o relato da polêmica, da controvérsia entre Jesus e os judeus; a insegurança nos ouvintes quanto à pergunta de quem seja este galileu: blasfemador ou o Cristo. Muitos creram nele (7.30 por causa dos seus milagres. Naturalmente, esta fé à base dos sinais milagrosos não é a fé cristã no seu sentido pleno. Mas os fariseus e demais maiorais do povo temem a subversão da ordem e querem prendê-lo, O grupo de policiais, no entanto, que recebeu a ordem de prendê-lo, ficou tão profundamente impressionado pela personalidade de Jesus, que não executa a ordem. Mas os subordinados não têm o direito de ter um critério próprio. A consciência do subordinado são os seus superiores hierárquicos, os seus chefes, e estes, por sua vez, se sentem plenamente seguros, porque eles conhecem a lei - e naturalmente a praticam. De que maneira, no entanto, pode haver entendimento e sintonia com esta plebe maldita (7.49), que ignora a lei? - Nisto se resume a tirania arrogante dos fariseus no seu culto à lei. Esta tirania fanática se dirige também contra qualquer um das suas próprias fileiras (7.50) que se atreve a propor um levantamento imparcial da situação.

João 7.53 - 8,11 (a mulher adúltera) é uma intercalação posterior no Ev. de João e não nos precisa preocupar na apreciação do contexto (cf. por exemplo Das Evangelium nach Johannes (NTD) 8- edição, pág. 141).

A segunda fase da luta é relatada no cap. 8.12-59. Neste contexto se encontra a nossa perícope. A festa dos tabernáculos já terminou (7.37 ss), e as cenas do cap. 8 aconte-cem imediatamente depois da festa. A tensão e a atmosfera da situação anterior continuam. Mas doravante o opositor direto de Jesus é outro. No cap. 7 esse opositor direto foi o povo, que estava fortemente impressionado por Jesus. Os fariseus e o grupo dos sacerdotes ficaram mais na retaguarda. No cap. 8 não lemos mais nada da multidão, do povo. Mas agora são os fariseus, que enfrentam Jesus diretamente (8.13). Nos fariseus e no seu ódio mortal contra Jesus devemos pensar, quando no nosso texto se fala dos judeus, também, quando se fala de judeus que haviam crido nele (v. 31). Esta fé é somente um rápido movimento de admiração. Contra estes fariseus Jesus concentra agora os seus ataques. As formulações no cap. 8 têm, por isso, um caráter muito agressivo, o que não é o caso no cap. 7. Desde o início essas formulações tendem em direção a evidenciar claramente o contraste existente e a provocar o rompimento definitivo. Assim no fim do cap. 8 nos defrontamos com a decisão dos fariseus de apedrejarem Jesus por blasfêmia contra Deus. Só de uma maneira secreta e inexplicável Jesus consegue contornar esse destino.

O alvo do cap. 8 e, portanto: evidenciar o contraste existente e provocar o rompimento definitivo. E isto se processa em três cenas distintas. Na primeira cena (cap. 8.12-20) Jesus apresenta-se como o absoluto e único Senhor: Eu sou a luz do mundo. Nos ouvidos dos fariseus, este pronunciamento se identificava claramente com Isaías 45.18. Em tom grave e solene, reivindicando para si a suprema autoridade de Deus, Jesus formula esta palavra e faz lembrar os seus ouvintes a cena da vocação de Moisés na sarça ardente, e também a palavra de Isaías 49.6: também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra (ver também Isaías 60.1-3). A luz do mundo. A reivindicação, a exigência, é absoluta, exclusiva e, por isso, sumamente agressiva.

Os fariseus ainda conseguem dominar-se e refutam o seu testemunho com uma argumentação formalística.

A segunda cena nos vv. 21-29 não se liga diretamente à argumentação anterior. Mas o abismo entre Jesus e os judeus se acentua mais e mais. E o motivo para este distanciamento cada vez maior está no contraste da procedência dos dois: vós cá de baixo, eu lá de cima (v. 23). Por isto há entre ambos duas esferas vivenciais opostas. Os judeus morrerão nos seus pecados (v. 24) . Uma maneira, apenas uma, haveria, para fugir deste destino: crer que eu sou - e novamente os ouvidos dos fariseus sentem a formulação paralela a Isaías 43.11: Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não ha Salvador.

O abismo entre ambos está claramente definido. Trata-se de um contraste de mortal exclusividade. Isto se torna evidente na terceira cena (31-41a), onde encontramos a nossa perícope.

III - Meditação exegética

V. 31- Aos judeus. Jesus está falando aqui aos fariseus (cf. v. 13). Sempre que os evangelhos nos relatam a confrontação de Jesus com os fariseus, estamos diante de um fato que nos deve abalar: Jesus não foi morto pelos ateus. Justamente os piedosos, os mais devotos na prática religiosa dos judeus o levaram à cruz. Já 100 anos antes de Cristo, o partido popular dos fariseus fundou sociedades para apressar a vinda do reino de Deus através de ações piedosas mais convictas e conscientes. Eles queriam ser zelosos e fiéis no cumprimento da lei de Deus. E, na disputa com Jesus, certamente muitos deles se esforçaram seriamente para examinar a verdade deles à luz da palavra de Deus. Eles cometeram apenas um erro: não reconheceram com quem se confrontaram em Jesus. Apenas isto. Mas esse erro foi decisivo. Nenhum esforço ou seriedade na interpretação da lei, nenhum engajamento social (e certamente o havia) teria mais valor frente a esse erro capital.

E desses fariseus alguns creram nele. Certamente não foi uma fé no sentido de Rm 1.16 e 17. Mas ao menos havia, em um e outro, uma reação de simpatia e compreensão para com Jesus. Não devia Jesus cultivar essa tenra faísca? Por que ele não lhes diz: Nós queremos, em princípio, o mesmo, isto é, o reino de Deus. Vós, apenas, dais ênfase demasiada as cerimônias, o importante, porém, é a seriedade íntima, o coração? Em vez disso Jesus rejeita qualquer possibilidade de entendimento. Atira-lhes ao rosto o que mais profundamente deveria ferir a sua consciência presa na Torá. Uma sequência de blasfêmias e de ofensas se abate sobre eles. Se vós permanecerdes na minha palavra... Como? E a Torá, as palavras reveladas a Moisés (Ex 20)? Não aprenderam eles a respeito desta palavra de Deus: Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma... ensinai-as a vos¬sos filhos... Porque, se diligentemente guardardes todos estes mandamentos, ninguém vos poderá resistir . . .? (Dt 11.18ss) E aqui alguém contrapõe as suas palavras as de Deus e exige obediência? O filho de um carpinteiro de Nazaré? Um homem de carne e sangue exige que os fariseus se tornem os seus seguidores.

E, somente se permanecerem nesta sua palavra (em vez de lhe dedicar um rápido pensamento de admiração), serão verdadeiramente os seus discípulos e

v. 32 - o cúmulo da arrogância! - só assim conhecerão a verdade e a verdade os libertará. As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio (Sl 119.160). Toda a palavra da Torá contêm a verdade, e este blasfemador exige para si o que só compete a Deus? !'E a verdade - a minha verdade – vos libertara. - Para o apostolo João verdade não é um termo filosófico, definível pela teoria do conhecimento. Verdade é um termo religioso. Designa a misericordiosa realidade de Deus, como ela se tornou visível em Jesus. E o Verbo se fez carne, a comunicação de Deus, a sua auto-revelação se tornou carne, tomou forma humana, neste Jesus. Jesus é a verdade, que Deus apresentei aos homens, para poderem solucionar os problemas da sua vida. Não há mais outra verdade, nem a da Torá, porque esta não salva. E quem permanecer na sua palavra, tem a promessa de reconhecer nele esta nova verdade de Deus. Este permanecer lembra a outra promissão: Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela e de Deus ou se eu falo por mim mesmo. (Jo 7.17) Uma análise teórica da palavra não salva. A eficiência da verdade salvífica de Deus em Jesus fica comprovada só através da prática. A verdade dinâmica, vivencial do nosso relacionamento pessoal com Cristo, esta verdade vos libertara. Para os fariseus, este relacionamento da verdade com a liberdade é sem nexo.

V.33 - Irritados eles reagem, porque esta afirmação põe em xeque a sua convicção da dignidade singular de seu povo, comprovada pela descendência do grande patriarca (cf. Mt 3.9). Certamente não queriam negar a sua dependência política. Ante às legiões romanas em Jerusalém, isto séria ridículo. Mas nem por isso se tornaram escravos. Eles tinham conservado a sua dignidade humana e a Sua liberdade íntima, não se curvando a tradições alheias ou ao culto pagão do imperador romano. Com orgulho podiam relacionar a sua existência à de Abraão, pai da fé, exemplo de fidelidade a Deus, cuja descendência não foi apenas bendita (Gn 22.17s), mas também declarada expressamente povo escolhido de Deus (Dt 14.1s). Indignados, rejeitam, pois, a oferta de Jesus.

V.34 - Mas Jesus põe o dedo numa ferida que nenhum fariseu negaria (cap. 8,7s). Todos tinham consciência do pecado. É mau o desígnio do homem desde a sua mocidade. (Gn 8.21) Quem comete o pecado, é o seu escravo.

V. 36 - E seja qual for a situação dos judeus e dos homens frente à liberdade, a verdadeira liberdade só existe lá onde esta dependência de escravo for cortada - e isto só poderá realizar-se através do Filho. Porque só o Filho fica para sempre na casa, isto é, na comunhão com Deus. Toda esta argumentação de Jesus devia provocar a máxima repugnância nos seus ouvintes. Que eles deixassem de ser filhos, apesar do pecado - nunca. Nós não somos bastardos; temos um pai que é Deus (v.41). E nos seus ouvidos ressoa a palavra de Isaías (41.9): Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei. E, quanto à libertação do pecado, a palavra da lei é clara: Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia, e o perdão (Dn 9.9; cf. Sl 130.4). Este blasfemador pretende colocar-se no lugar que compete unicamente a Deus.

IV - Subsídios para a prédica

1. Pecado se tornou um vocábulo inexpressivo. No culto surge, no máximo, um sentimento indefinido de culpa. Os dois aspectos perderam o conteúdo, tanto o Pequei contra ti, contra ti somente (Sl 51.4), como também a concretização do pecado na vida diária. Estamos muito mais dispostos a aceitar a terminologia da psicologia ou da sociologia, para definir as nossas múltiplas dependências, do que colocar tudo isto sob o título do pecado. Em última análise, só debaixo da cruz é reconhecido o que é o pecado. No entanto, devemos contribuir, na medida do possível, a esclarecer o seu significado com argumentação elucidativa. O teólogo Karl Heim usou a seguinte exemplificação;- Digamos que tu tenhas um rival, um concorrente na indústria. Durante anos, as duas empresas, a tua e a dele, se desenvolveram iguais. De repente ele começa a modificar as suas instalações, consegue substituir as suas máquinas antigas por outras bem modernas e com isto elevar consideravelmente a sua produção. Tu notas que o teu atraso se acentua sempre mais. Para acelerar a sua exportação, ele empreende uma viagem ao exterior. Pouco depois recebes esta notícia: teu concorrente sofreu um acidente e está internado num hospital, gravemente ferido. A primeira reação, bem lã no teu íntimo, vai ser de alívio e contentamento. Isto há de sustar, ao menos temporariamente, o seu progresso! - Só mais tarde, ao te lembrares da sua família, sentiras compaixão. Mas esta primeira faísca tornou evidente quem tu és na realidade. E as palavras de Jesus, no Sermão do Monte, por exemplo, têm justamente esta intenção: descobrir as ramificações mais secretas da inveja, do ódio em teu e em meu coração.

2. Se vós permanecerdes... (v. 31).Um versículo bíblico muito apropriado por exemplo para a Confirmação, para ser emoldurado e, às vezes, ser lembrado com alguma emoção. No entanto, na situação em que foi dita aos fariseus, foi uma palavra de guerra cheia de provação, interpretada pelos zelosos teólogos da época como blasfêmia diabólica. E, em verdade, na boca de qualquer outro homem teria sido uma blasfêmia diabólica; apenas não na boca de Jesus. Mas o que credenciava Jesus, autorizando-o a estas afirmações? Ele não trazia na testa o carimbo da santidade, Se vós permanecerdes, ou cf. cap. 7,17: Se alguém quiser fazer a vontade... O remédio da salvação deve ser tomado. Uma análise teórica da sua composição não salva ninguém. Jesus se credencia e identifica apenas com aqueles, que a ele recorrem em seu desespero. Os aparentemente sãos não precisam de médico (Lc 5.31), e também não reconhecem nele o médico (o caminho, a verdade, a vida). E nós? Quem é Jesus para nós? Não somos, geralmente, sãos, que só como atores casuais desempenham o papel de doente? A tradição, a rotina da vida cristã, fez de nós atores que já não têm mais perspicácia para descobrir o câncer na medula do nosso ser.

3. Só se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (v. 36). Na palavra de Jesus podemos e devemos permanecer, porque na palavra de Jesus retorna a nós a nossa pátria perdida. Não é mais assim que nós devêssemos procurara pátria, onde todos pudéssemos permanecer; mas esta pátria vem a nós na palavra de Jesus e nos envolve de todos os lados, pondo um fim a todas as nossas aspirações, perguntas e desejos por outras moradias (K. Barth, Fürchte Dich nicht. Prédicas dos anos 1934 - 1948, Muenchen, 1949, pág. 292).

4. Dia da Reforma. Uma prédica no Dia da Reforma não se pode deter em procurar os eventuais traços paralelos da situação dos judeus (presos em sua tradição) com Jesus e da situação de Lutero frente à Igreja e ao Papa há 400 anos. Tudo Isto também já se tornou tradição e, por conseguinte, entra em conflito com a oferta de Jesus. Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: sereis livres? (v.33) O cristianismo esteve, sempre de novo, no perigo de compreender e interpretar a revelação da vontade salvífica de Deus como uma posse, um santo domínio.Os lavradores querem ser os proprietários da vinha e decidir sobre a sua administração. Mas a descendência de Abraão não é uma posse. Destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão (Mt 3.9). A verdadeira liberdade não é uma situação estática, racionalmente demonstrável, herdada dos pais ou legada pela tradição, mas consiste no relacionamento dinâmico, pessoal, vivencial com a verdade de Deus- Cristo. As tradições religiosas, também as tradições bíblicas, não são a casa do pai, a pátria eterna, nem podem conduzir-nos até lá. Estas tradições se transformam, nas mãos dos homens, em escravidão, e não podem vencer o pecado. Apenas o filho nos conquistou o direito de permanência na casa do pai.

Cristo somente! A Igreja da Reforma é a Igreja do somente Cristo, somente pela fé sem as obras da lei, somente pela graça, somente a Escritura. Mas isto não pode servir mais no Dia da Reforma com base de controvérsia e polêmica contra a Igreja Católica. A promissão do discipulado verdadeiro e da verdadeira liberdade é uma incumbência reformatória para todas as confissões cristãs.

O Dia da Reforma deve testemunhar o que Lutero descreveu da seguinte maneira: No meu coração domina e deverá dominar este único artigo, isto é, a fé no meu amado Senhor Cristo, o qual é o começo, o centro e o fim do todos os meus pensamentos espirituais e divinos, que eu possa ter sempre de dia e de noite. Todavia eu sinto que da altura, profundidade e largura desta incomensurável, incompreensível e ilimitada sabedoria só consegui captar um insignificante e fraco começo, e mal e mal pude trazer à luz alguns pequeninos degrauzinhos e pedacinhos desta mina mais preciosa e rica. (WATi 6 N r. 6608 Muenchen Georg Mueller 1925, la edição , tomo 8, pág. 398).


V – Bibliografia

- HEIM, Karl. Stille im Sturm. 5a ed., Tübingen, Osiander'sche Buchhandlung.
- STECK, Karl Gerhard. Auxílio homilético sobre Jo 8,31-36. In: Hören und Fragen. Vol. 5. Neukirchen-Vluyn, Neukirchener Verlag, 1967.
- STRATHMANN, Hermann. Das Evangelium nach Johannes. In: Das Neue Testament Deutsch. 8a ed., Göttingen, Vandenhoeck & Ruprecht.


Autor(a): Rodolfo J. Schneider
Âmbito: IECLB
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Dia da Reforma
Natureza do Domingo: Dia da Reforma

Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 8 / Versículo Inicial: 31 / Versículo Final: 36
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1977 / Volume: 2
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 13408

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