“Ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” Filipenses 2.8.
Amados irmãos, amadas irmãs,
Deus se humilhou para servir, para morrer, para salvar. Esta é a missão do Filho de Deus. Ele sofre o peso da cruz para nos libertar: servimos ao outro em completa liberdade e alegria!
Hoje lembramos a morte de Jesus. Ele morreu pela nossa salvação, para que fôssemos libertos do pecado, da morte e do inferno. É na cruz que Deus sacrifica o seu próprio e único Filho por amor de nós. Na cruz Deus realizou o seu plano de salvação. É pelo Deus pendurado na cruz que o perdido pode ser encontrado. Este é o Deus que nos cremos. E recebemos as promessas da cruz ao crermos em Jesus e o confessarmos como único e suficiente Senhor e Salvador das nossas vidas.
O Deus cristão é o Deus se faz fraco. Ele sente a dor da peste. Onde está Deus com aqueles que morrem por causa do novo coronavírus? Deus está na cruz sentindo com eles toda a angústia e a falta de ar. Inclusive, a morte por crucificação não se dava por causa do derramamento de sangue principalmente, mas porque o peso do corpo aperta os pulmões e impede o crucificado de respirar. Em cada movimento para respirar, sente-se novamente as dores dos pregos nos pés e nas mãos, bem como a dor dos nervos e músculos esticados por muito tempo.
Deus se faz fraco. Ele carrega sobre si a peste, a angustiante falta de ar, a dor da morte. Ele sofre com aqueles que sofrem. Deus não nega os fracos, mas se faz como um fraco. Deus assume a nossa humanidade na totalidade. Ele serve! Ele morre!
O crucificado é a revelação do Deus que não foge da dor, da desgraça, da miséria, da pandemia; o crucificado é a revelação do Deus que sofre tudo aquilo que o ser humano pode sofrer! Na minha dor, angústia e desespero, ele sofre comigo! Na minha miséria, ele me serve misericórdia. No meu pecado, ele me serve seu amor incondicional. Nós queremos o poder, mas Deus se faz fraco!
Quem morreu na cruz? Deus morreu na cruz! O Deus-Filho morreu na cruz. Quem morreu na cruz? A Segunda Pessoa da Trindade, o Filho, que não é menos que o Pai ou maior que o Espírito Santo, mas igual ao Pai e ao Espírito Santo. Na cruz morreu Jesus Cristo que é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem ao mesmo tempo!
Se apenas um homem tivesse morrido na cruz, não haveria salvação, pois os homens morrem todos os dias e não salvam ninguém da perdição eterna; porém, Deus pode morrer? Sim! Deus morreu na cruz para nos salvar. Como testemunha Paulo em 2 Coríntios 5.21, ele se tornou o pecado por nós para que fôssemos feitos jutos. O justo se torna injusto para que os injustos sejam tornados justos. Em outras palavras: o inocente se fez culpado para que os culpados fossem transformados em inocentes. Esse é o significado da cruz. Nela, morreu Jesus Cristo, o Deus-homem.
É por isso que Paulo nos diz em 1 Coríntios 1.18: “Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós que somos salvos, ela é poder de Deus.” É loucura! A lógica humana não dá conta! Como Deus pode morrer de forma tão terrível em uma cruz? Pois foi o que aconteceu. Ali na fraqueza da cruz está o poder de Deus que venceu o pecado, a morte e o inferno. Deus se faz um de nós para vencer a velha criatura. Deus se faz um de nós e sente a dor da nossa morte para estar conosco na nossa morte.
Na cruz, Deus sacrifica Deus e Deus abandona Deus. E foi por você. Foi por mim! Creia em Jesus! Receba a promessa! Diga hoje mesmo que ele é o teu Salvador. Confesse hoje mesmo que apenas Jesus é o Senhor de tua vida. Renuncie ao pecado e àquilo que desagrada a Deus. Sirva a Deus! Comece uma vida nova.
O Senhor abençoe a tua vida.
Até Domingo, às 19h, aqui na Rádio Harmonia, no Culto da Ressurreição.
Mensagem da Sexta-feira da Paixão para a Rádio Harmonia 87,9 FM de Sapiranga
P. William Felipe Zacarias
Pintura: Golgatha.
Artista: Edvard Munch (1863-1944).
Data: 1900.
Técnica: Óleo sobre tela.
Dimensões: 80x120 cm.
Localização atual: Munchmuseet em Oslo, Noruega desde 29/05/1963.