Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

Decisões e riscos de Amor

Mateus 1.18-25; Romanos 1.1-7; Isaías 7.10-16; Salmo 80.1-7, 17-19

16/12/2016

Nos aproximamos do Natal. A história de Jesus, muito conhecida por todos e todas, cada vez que lemos se apresenta de um jeito diferente. Nos textos que lemos como indicação para o próximo domingo, 4º domingo de Advento, observamos o cumprimento da promessa de Deus de enviar o Salvador. Em Romanos percebe-se a descendência davídica de Jesus, em Isaías, Deus está junto ao povo, e em Mateus o nascimento de Jesus, sua descendência e seu propósito: Salvador do mundo.

Especialmente no texto de Mateus, onde se dá a menor narrativa sobre o nascimento de Jesus, a ênfase é dada ao que acontece com Maria e José, mas especialmente José, que vive um dilema ao saber que Maria está grávida. Quais os riscos de aceitar esta gravidez que na visão humana era fruto de adultério? Como suas concepções religiosas o fizeram ser tomado pela melhor decisão? A ação de Deus. Através do anjo que apresenta a José o real sentido de ele receber Maria como sua esposa e legitimar o nascimento de Jesus como seu filho, Deus age.

José não é um herói, viveu momentos difíceis ao ter que escolher entre cuidar e aceitar Maria grávida de um filho que não era seu, e deixá-la à ser julgada pelo povo que era machista, que não aceitava adultério. José, a partir da intervenção do Anjo, que indica o real significado do nascimento de Jesus aceita o desafio de assumir os riscos de ser ridicularizado, de ser perseguido. Deus coloca-se ao lado deles e dela, do homem que seria diminuído por não ser homem suficiente e aceitar filho de outro; Maria e Jesus, com a intervenção de Deus através do anjo se colocando ao lado deles nesta dimensão de cuidado e salvação.

Neste natal que se aproxima, somos chamados e chamadas a assumir novos riscos. José assumiu o risco de ser pai de um filho que não era seu. Maria assumiu o risco de ser mãe do Salvador mesmo sendo jovem e ainda não tendo oficialmente casado. E Jesus assumiu o maior de todos os riscos, por todo o mundo, como salvador que nos vivifica e restaura-nos. Estes riscos, assumidos por cada um da família de Jesus foram riscos de amor.

Que cada um e cada uma de nós, individualmente e como comunidade, possamos assumir estes riscos de amor e não ter medo do que as pessoas podem vir a dizer. Assim como Deus, por amor, arrisca muito ao confiar-nos a tarefa de anunciar as boas novas, que tenhamos coragem de levar esperança às pessoas através de ações concretas de amor.

 


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Há algo muito vivo, atuante, efetivo e poderoso na fé, a ponto de não ser possível que ela cesse de praticar o bem. Ela também não pergunta se há boas ações a fazer e, sim, antes que surja a pergunta, ela já as realizou e sempre está a realizar.
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