A celebração de natal se aproxima, ou seja, o dia de lembrar do nascimento de Jesus Cristo. Mas, para que este nascimento fosse possível, há quase dois mil anos atrás, Deus chamou e incumbiu uma jovem moça, chamada Maria, para ser a mãe do Salvador: “Você vai ficar grávida, dará a luz um filho e vai por nele o nome de Jesus” (Lc 1.31). “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder de Deus estará em você. Por isso o menino será chamado santo e Filho de Deus” (Lc 1.35).
Estar grávida, carregar uma vida dentro de si, é algo que dá um novo significado a vida. Por isto gravidez é um período de preparo, de espera, assim como Advento. Maria ao saber de sua gravidez quer compartilhar a notícia adiante. E, assim, ela se põe depressa a caminho para a casa de uma parenta, chamada Isabel.
Isabel já é uma mulher de mais idade, com mais experiência de vida, com mais tempo de gravidez, pois se encontra no sexto mês de gravidez (cfe. Lucas 1.39-45). Com muita alegria,Isabel recebe a visita de Maria e, ainda exclama em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre” (Lc 1.42). Maria é dita como bendita por Isabel porque ela creu e se dispor a ser a mãe do Salvador.
Para as mães de todas as épocas, Maria serve de exemplo a ser seguido e imitado. Ela é alguém humilde, mas com muita coragem e fé.
O que é fé? Fé, basicamente, é CONFIANÇA nas promessas de Deus. Fé é também entrega da vida a Deus. A fé se manifesta na vida, nas palavras, nos gestos e atitudes concretas, nos pensamentos... E, isto se vê, no exemplo de Maria. Ela creu nas palavras de Deus, ditas pelo anjo. Ela deu o seu “SIM” a Deus, aceitando como verdade divina que ela se tornaria mãe do Salvador.
Maria, a futura mãe do Filho de Deus, não se deixa dominar pelo orgulho ou pela vaidade. Afinal, ela tinha sido a preferida de Deus. Maria é exemplo de fé, exemplo de profunda humildade e simplicidade.
Imaginemos se os seres humanos tivessem recebido a tarefa de escolher uma moça para ser a mãe do prometido Salvador, o que eles teriam feito? Talvez teriam escolhido a filha mais bonita e talentosa do rei mais poderoso da época! Que berço eles teriam preparado? Como eles iriam esperar a sua chegada? Quem poderia visitá-los?
Mas o que fez Deus? Ele escolhe uma humilde mocinha, de uma cidadezinha do interior. Ela foi a mais bonita aos olhos de Deus. Ela era humilde e de profunda vida espiritual. É isto o que distingue Maria, e lhe dá valor diante de Deus. Deus não está preocupado com os diplomas, com conhecimentos intelectuais ou científicos, com poder econômico ou influência política. Deus age diferente da lógica humana.
Advento é época de espera... Mas uma espera grávida de sonhos, desejos, esperanças, utopias. É a espera que desafia para a ação, para o dispor-se a trilhar o caminho da solidariedade, da compreensão, do perdão e do amor.