Depois de ver a luz gloriosa, ouvir o canto dos anjos e a mensagem de conforto, os pastores põem-se a caminho para saber o que aconteceu. Certamente, deixam seus rebanhos para trás, expostos a todo tipo de risco. A notícia vale a pena.
O anúncio os tocou profundamente e fez brotar a vontade de colocar-se a caminho. As pessoas foram percebidas em sua situação de medo e foi-lhes falado ao coração. Sua história e suas esperanças de um novo tempo foram mencionadas, por isso não há mais questionamentos a fazer e nem tempo a perder. É hora de colocar-se a caminho apressadamente para ver o que foi anunciado e participar desta grande alegria: o nascimento do Messias.
Parece que a pressa já tomou conta das pessoas desde o primeiro Natal. Só que a nossa pressa, hoje, é muito diferente daquela dos pastores, pois a nossa urgência é para comprar todos os presentes desejados, para terminar todas as tarefas previstas para este ano. Natal se tornou festa impregnada de consumismo.
Na ânsia de fazer uma festa perfeita, corremos o risco de perder de vista os sinais que impulsionam para ver os acontecimentos. O brilho das luzes é tanto que ficamos ofuscados e deixamos de perceber as pessoas que aguardam a Boa Nova na periferia do mundo. Ao invés de nos deixarmos contagiar pela Boa Nova, que anuncia paz na terra e renovarmos as forças para os novos caminhos com mais sensibilidade para a realidade de quem nos cerca, gastamos as nossas energias com o supérfluo.
Para refletir, leia Lucas 2.15-16
Pastora Regene Lamb
(Fonte: Jornal Evangélico Luterano, Dezembro, 2008)