Depois de uma noite sem sono, antes do sol raiar, pode-se fazer uma experiência de Advento: horas sem luz geram a ansiedade de deixar a noite para trás. O momento de ver os primeiros raios do sol e o início do novo dia trazem um profundo alívio.
Chamamos de Advento a espera da volta de Deus. Vivendo num mundo com muitas trevas, a nossa ansiedade pela volta de Deus pode se tornar tão forte como a de ver os primeiros raios de sol depois de uma noite longa sem sono. O confronto diário com os problemas pode despertar a forte sede da presença salvadora de Deus.
Esta ansiedade por salvação existe há muito tempo. Um profeta diz Como gostaríamos que tu rasgasses os céus e descesses, fazendo as montanhas tremerem diante de ti! (Isaías 64.1) A escuridão da noite e as trevas na vida podem se tornar tão insuportáveis que a gente deseja que elas acabem logo. Nestes momentos, ajuda termos esperança no sol nascente e nas promessas de Deus como não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor (Apocalipse 21.4). Advento é alimentar a esperança, se conscientizar que Deus fará raiar um novo dia e abrirá novos horizontes para a vida.
Uma forma de se lembrar do sol vindouro em meio à escuridão é acender uma vela. Para manter a chama da esperança acesa, procuramos nos cercar de luz. Os engajamentos sociais das Comunidades luteranas nos ajudam nesta tarefa. Além de semear a luz entre as pessoas que sofrem com as trevas deste mundo, nos cercamos de esperança lembrando a nós mesmos que Deus fará raiar um novo dia em que não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor.
Para refletir, leia Mateus 5.14
Pastor Matthias Tolsdorf
(Fonte: Jornal Evangélico Luterano, novembro, 2008)