Culto feito em mutirão, com a participação de Davidson Farias (voz), Lélia Brazil (flauta), Eder Targino (piano), P. José Kowalska
Pregação baseada na 1ª Carta de Pedro 3.13-22:
Você já ouviu de alguém que ficou contente por ter problemas? Já viram a expressão de alegria de alguém que fez algo bom?
A primeira carta de Pedro é endereçada a pessoas que viviam em sofrimento de perseguição. Pedro quer que os fiéis da Ásia Menor levem em conta as dificuldades e as enfrentem com sabedoria e coragem. A partir da liberdade que Cristo nos deu, somos livres para fazer o bem, não por obrigação ou dever, mas por amor.
Será que uma avó reclamava quando tinha que preparar o almoço para seus filhos, filhas, netos e netas quando vinham visitá-la?
É muito trabalho? Com certeza. Então por que ela fazia isso? Porque os amava. O amor fazia com que ficasse satisfeita pelo trabalho que tinha.
Será que um pai não deixa tudo de lado para ir buscar o filho que recebeu alta do hospital. Será que fica triste pelo transtorno de ter que colocar a máscara, procurar transporte e ir até o hospital? Não, pelo contrário, fica alegre de poder trazê-lo para casa. Por quê? Porque ama o filho. O amor nos faz felizes ao fazer algo pelas pessoas que nós amamos.
Jesus, por amor a nós, se sacrificou pelo amor. Cristo ensinou o caminho da paz, do perdão e do serviço. Por seu amor, enfrentou o poder da morte. Ressuscitou para nos alegrar e dar esperança. Morremos com Cristo para toda prática do mal e ressuscitamos com ele para uma vida ética, onde a prática do bem não é um peso e, sim, a forma de testemunharmos de forma espontânea o amor que recebemos de Jesus.
O Apóstolo não chama os cristãos para fugirem da sociedade onde a injustiça é considerada normal. Pedro convoca para falar com mansidão e temor a Deus. Exorta os cristãos para que não sejam motivo de tropeço e de vergonha, ao contrário, convida para que as pessoas cristãs ajam de tal maneira que os não cristãos fiquem envergonhados de suas atitudes. A ética cristã sempre leva a uma atitude que surge do exemplo de Jesus Cristo. Essa consciência não vem do nosso próprio ser, mas nos é dada pelo conhecimento da Escritura e pela ação do Espírito Santo derramado sobre nós no Batismo.
Diante da injustiça ou da maldade, devemos nos perguntar: o que fazer, o que não fazer? Se Deus ama a justiça e a misericórdia, talvez agindo com sabedoria e gentileza consigamos mostrar o que seria justo e honesto. Além disso, aprendemos da Escritura a responder o mal com bem, porque é a maneira pela qual nos reconhecerão como filhos, como filhas de Deus. Não é uma tarefa fácil. É um ensaio diário, porque nossa natureza humana nos torna egoístas e somos tentados a afastar-nos dos caminhos de Deus.
Assim, queridas irmãs e queridos irmãos, pensemos no grande amor de Cristo por nós quando enfrentemos os problemas. Nesse amor, oremos, reflitamos e nos coloquemos em ação para sermos sal e luz neste mundo que precisa de amor. Glorifiquemos a Deus, em Jesus Cristo, porque nos tornou dignos do seu amor. Amém.
Bênção
Deus que cria, qual pai e mãe, abençoe vocês e continue desenvolvendo em vocês a capacidade de buscar a vida.
Deus que salva e liberta, em Jesus Cristo, caminhe com vocês na verdade e na dignidade da vida.
Deus que anima, no poder do Espírito Santo, esteja ao lado de vocês quando buscam realizar sinais de plena comunhão. Amém.