A rosa
Como a ¨rainha das flores¨, também no cristianismo a rosa faz parte das plantas simbólicas mais representadas e contadas em lendas.
Depois que, na época cristã primitiva, a rosa se tornou símbolo do martírio cristão, quando as pessoas enfeitavam tanto as catacumbas de Roma como as casas dos cristãos, com o declínio de Roma a beleza espinhenta caiu em esquecimento.
Somente no tempo de Carlos, o Grande, voltou-se a lembrar dela, e as cinco pétalas da roseira silvestre comum desde então se tornou um símbolo das cinco chagas de Cristo.
Uma velha lenda alemã conta que, originalmente, todas as rosas eram vermelhas. Foram as lágrimas que Maria Madalena chorou sob a cruz de Cristo que, caindo sobre uma rosa vermelha, esmaeceram-lhe a cor e fizeram surgir a rosa branca. Até hoje é comum em alguns lugares, na época da Paixão, expor na igreja as ferramentas de tortura de Cristo junto com roas vermelhas. Antigamente, as cinco chagas de Jesus eram assinaladas ou com pétalas da roseira silvestre ou com rosas inteiras em um crucifixo.
A origem dessa tradição deve estar em velhas histórias onde se relata que a coroa de espinhos de Cristo era feita de ramos de um pé de rosa-de-cão. Na região de Tübingen, na Alemanha, esta roseira silvestre era popularmente conhecida pelo nome de ¨coroa de espinhos do Salvador¨. Os pontos vermelhos em seus ramos seriam pingos de sangue de Cristo. Também a rosa-musgo teria surgido graças a gotas de sangue de Cristo que caíram da cruz no Gólgota sobre o musgo.
Heike Michel (Extraído de Der Gemeindebrief)
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