Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade. Salmo 100.4-5
O ser humano sempre teve dentro de si o desejo de agradecer. No fundo reconhece que não merece tudo o que possui e recebe. Tudo o que temos recebemos das bondosas mãos de Deus. Agradecemos, pois não merecemos. Isto é bênção!
Quando celebramos culto de ação de Graças, reconhecemos que é Deus quem nos abençoa e nos concede muito mais do que precisamos e merecemos. Nós damos o crédito a Deus. Quem olha para trás e agradece, não se torna arrogante e nem egoísta. Quem olha para trás e agradece, sabe que houve a ajuda de Deus para que pudesse conquistar tudo o que possui. Por isso celebramos culto de Ação de Graças.
Esta celebração era tradição já no tempo do Antigo Testamento. O povo se reunia para celebrar e festejar os frutos que somente eram possíveis de serem colhidos porque Deus havia abençoado todo o processo, desde semeadura até a colheita. Nossos antepassados trouxeram esta tradição consigo e continuaram celebrando um Culto especial pelos frutos colhidos da terra.
Mesmo os que não dependem somente de plantação e colheita para seu sustento também podem agradecer. Podemos agradecer pela saúde para trabalhar e pelas condições adequadas para o trabalho. Podemos agradecer pelo estudo que me qualifica e me prepara de maneira que possa exercer minha profissão. Por isso celebramos Culto de Ação de Graças por tudo o que temos recebido das bondosas mãos de Deus. Desde o produto que é colhido da terra, passando pelo que posso produzir numa indústria, até mesmo o meu Tempo, Talentos e Tesouros...
Precisamos aprender a agradecer para não ficarmos amargos.
Precisamos aprender a agradecer para não ficarmos arrogantes.
Precisamos aprender a agradecer para não ficarmos desanimados.
Em tudo dai graças! 1 Tessalonicenses 5.18
Martin Rinkart (1586-1649) foi um pastor Luterano que trabalhou na cidade de Eilenburg, Alemanha. Durante os anos de seu ministério explodiu a Guerra dos 30 anos (1618-1648). Com a guerra vieram as dificuldades e, consequentemente a peste. Milhares de pessoas morreram tendo de ser sepultadas pelo pastor Martin Rinkart. Foram mais de 4.000 sepultamentos, entre eles sua própria esposa.
Um tempo muito duro de ministério. Como encontrar forças e motivação para ser grato em meio a tudo isso?
Contudo, Martin ainda encontrou forças e compôs o conhecido hino “Dai graças ao Senhor.” (HPD 242).
1. Dai graças ao Senhor,
louvai seu nome santo.
A Deus, o criador,
erguei o vosso canto,
porque jamais cessou
de nos abençoar,
e nunca abandonou
seus filhos no pesar.
2. O eterno e santo Deus,
de Espírito clemente,
conceda aos filhos seus
um coração contente.
Que em graça, paz e amor
nos queira conservar,
e em luta, angústia e dor
nos venha confortar.
3. Louvor e adoração
ao Trino Deus rendamos!
De nosso coração
um templo seu façamos!
Eterno é seu poder,
potente é sua mão.
Ele é e há de ser
o nosso galardão.
Martin Rinckart, 1586-1649 (mais informações sobre Rinckart, veja: http://www.luteranos.com.br/conteudo.php?idConteudo=15648 )
P. Leandro Daniel Ristow
pastor.ristow@gmail.com