Derrubar fronteiras e barreiras consideradas eternas – nada menos do que isso aconteceu quando Deus ressuscitou Jesus de Nazaré. Não podemos imaginar a magnitude desse ato. Não somente a morte foi vencida com a ressurreição de Jesus. Outras barreiras caíram também. A nacionalidade e regionalidade da religião, a desvalorização e a exclusão da mulher, a idéia de que a guerra seria solução adequada para resolver conflitos, a conexão forte entre cultura e religião, a privacidade de qualquer propriedade, a necessidade de curvar-se perante Deus são algumas dessas barreiras que, em princípio, perderam a sua importância e o seu valor.
Sabemos que estamos longe de um mundo que realiza, pelo menos parcialmente, o que Deus começou. E até dentro de nós mesmos encontramos resistências contra a quebra de barreiras. Nossa mente, presa pelo que aprendemos e fazemos todos os dias, não conseguiu se adaptar à profundidade do ato da ressurreição. E emocionalmente também estamos longe de nos aproximar desse fato, pois está totalmente fora da nossa compreensão que alguém que morreu volte a viver.
Todavia, precisamos ocupar-nos com as ações e idéias divinas. Precisamos meditar, refletir, avaliar e repensar, para entendermos melhor o que significa a ressurreição. Precisamos, também, discutir, debater e analisar o que é possível de ser realizado depois da Páscoa. Nunca devemos desistir de lutar por uma vida melhor. Pois, já nos evangelhos do Novo Testamento, encontramos a grande vontade de Deus de derrubar fronteiras e barreiras. A Boa Nova de Jesus é cheia dos anúncios de que no Reino de Deus a vida será diferente. E lembramos que o Reino de Deus acontece onde dois ou três estão reunidos em seu nome.
A Páscoa, então, que em breve festejaremos mais uma vez, deve ser o início de uma vida com menos barreiras e fronteiras entre nós, seres humanos. Inclusão, abertura, amor e perdão são algumas das metas que compõem o caminho novo iniciado e indicado por Deus.
Pastor Gert Müller