Celebração


ID: 2651

QUEM MATOU JESUS?

Deus, por sua própria vontade e sabedoria, já havia resolvido que Jesus seria entregue nas mãos de vocês. E vocês mesmos o mataram por mãos de homens maus, que o crucificaram. Atos 2.23

10/04/2014

I. Introdução

Durante a 1ª Guerra Mundial aconteceu um episódio impressionante envolvendo um capelão chamado John, e seu amigo irlandes. Um certo dia, num momento de trégua, John e seu amigo caminhavam pelo campo de batalha em direção ao acampamento. De repente foram surpreendidos pela artilharia inimiga. Uma granada fora arremessada a poucos passos do local onde os dois estavam. John contou mais tarde que ficou completamente paralisado de medo. Sabia que se a granada explodisse, ambos seriam mortos. Contudo, se John ficou parado, seu amigo irlandes não. Ele correu em direção da bomba, deitando-se sobre ela, cobrindo-a com seu próprio corpo. Quando ela explodiu, John tinha a seus pés pedaços de um corpo completamente mutilado e irreconhecível. Pelo resto da vida, John jamais passou um dia sequer sem se lembrar de que, se estava vivo, era porque seu amigo morrera por ele. Dizia que ao ver o corpo de seu amigo estraçalhado ao seus pés, compreendeu melhor o que o Evangelho quer dizer ao afirmar que Jesus morreu por nós.
Mais uma vez Páscoa.
Lembramos que a Páscoa é um dos eventos mais importantes para os cristãos de todo o mundo.
Lembramos do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus.
Lembramos que a cruz (instrumento de tortura e morte), tornou-se o símbolo mais conhecido e usado em todo o mundo entre os cristãos.
OBS.: Se Jesus não tivesse ressuscitado, de forma alguma a cruz seria usada como símbolo cristão.
i. Um Cristo morto não seria nosso salvador.
ii. Um túmulo fechado não teria aberto o céu.
iii. A cruz e a sepultura teriam conquistado a vitória.
iv. Mas, de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e isto é a garantia de que os que dormiram em Cristo também serão ressuscitados. (1 Co 15.20)

Assim, lembrando o que aconteceu com Jesus naquela semana santa, pergunta-se:

II. Quem matou Jesus?
Porque Jesus teve de morrer?
Quem são os responsáveis por morte tão vergonhosa e solitária na cruz?
i. Os soldados que o executaram? (Lc 23.36-37)
ii. Quem sabe Pilatos, que ordenou sua execução? (Lc 23.13-14)
iii. Ou teriam mais culpa os líderes religiosos judeus que pediram a intervenção de Pilatos? (Lc 23.1-2)
iv. Seria Judas o culpado, por causa da sua traição? (Lc 23.3-4)
v. Pode ser Herodes? (Lc 23.11)
vi. Ou quem sabe, ainda, a multidão que, manipulada, substitui o canto de júbilo: “Hosana ao que vem em nome do Senhor”, pelo grito inflamado e cheio de ódio: “crucifica-o, crucifica-o”. (Lc 23.21)
vii. Quem é, afinal de contas, o culpado pela morte de Jesus?
Se examinarmos os Evangelhos, veremos que a ação de todas estas pessoas com relação a Jesus é descrita com o mesmo verbo, traduzido por “entregar”, “trair”.
Judas entrega Jesus aos Sacerdotes por causa da sua ganancia. Os Sacerdotes o entrgam a Pilatos por causa da inveja. Pilatos o entrega aos soldados por causa da sua covardia. E então o cruscificaram.
Todas estas pessoas estão envolvidas.
Não é a culpa de um somente.
Todos estão envolvidos, tramando, negociando pechinchando, e entregando Jesus para ser crucificado.
Todos tem a sua parcela de culpa.
Uma pergunta: Jesus sabia que tudo isso aconteceria?
Sim, ele sabia. Jesus mesmo predisse seu sofrimento e morte em várias ocasiões (Mt 16.21; 17.22-23; 20.17-19; 26.2)
Aliás, foi precisamente com este propósito que Jesus Cristo veio ao mundo (Mt 1.21)
Ele veio ao mundo para morrer por nossos pecados. O sacrifício para perdão de nossos pecados estava sobre Jesus.
Esta, afinal de contas, é a Boa Notícia do Evangelho: Jesus veio para morrer por nós, “para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16)
Em resumo, sabem o que isso significa?
Sim, nós também somos os culpados pela morte de Jesus.
Nós não somos apenas expectadores do espetáculo da crucificação, mas estamos lá também com martelos e pregos nas mãos.
viii. Por causa da nossa ganancia, também crucificamos Jesus.
ix. Por causa da nossa inveja, também crucificamos Jesus.
x. Por causa da nossa ambição, também crucificamos Jesus.
xi. Pois, em certo sentido, cada um de nós tem um pouco do medo de Pedro, da ganancia de Judas, da inveja dos sacerdotes, da ambição de Pilatos, da maldade e crueldade dos soldados.
xii. Foi precisamente por causa de tudo isso que Jesus deu a sua vida na cruz. Para nos lavar e nos purificar de todos estes pecados. (Mt 26.28)
xiii. Na cruz foram pregados os nossos pecados (Cl 2.14)
xiv. E hoje, quando nos afastamos de Jesus, quando ignoramos o Evangelho da salvação, quando desprezamos a proposta salvadora de Jesus, estamos também desprezando seu sacrifício na Cruz por nós. É como se tudo o que Jesus fez na cruz por nós fosse desprezado e ignorado por nós.

III. O que eu devo fazer?
 Tenho de reconhecer que aos olhos de Deus sou mais um pecador perdido (Rm 3.22-23). E o que é pior de tudo, não tenho esperança de salvação em mim mesmo. Preciso de um salvador que me reconduza a Deus.
 Tenho de acreditar que Jesus Cristo morreu na cruz para ser o salvador que necessito. “...o Filho de Deus me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gl 2.20). Eu também sou culpado pela morte de Jesus. “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pe 3.18) Cristo, o justo, morreu pelos pecados que eu, o injusto, cometi, para que eu fosse conduzido de volta para Deus.
 Cristo morreu por toda a humanidade, mas não é automático que todas as pessoas serão salvas. Tenho de reconhecer que o que Cristo fez pelo mundo inteiro, ele também o fez por mim. Cristo morreu para ser o salvador de todo o mundo. É necessário pedir-lhe que ele seja o meu salvador. Cristo carregou os pecados de todas as pessoas sobre a cruz. É necessário pedir-lhe que carregue também os meus pecados. Cristo sofreu para conduzir todos de volta para Deus. É necessário pedir-lhe que me reconduza a Deus. Convide Jesus para morar em seu coração (Ap 3.20, Jo 14.23).
 Viva de acordo com a vontade de Deus. Busque a Deus em oração e na leitura da Bíblia.
 Confesse Jesus Cristo também diante das outras pessoas. Não posso ser um discípulo de Jesus secretamente. Se abri a porta do meu coração para Jesus entrar, então as outras pessoas precisam notar esta diferença. O contraste é tão grande que Jesus compara com um novo nascimento (Jo 3.3; 2 Co 5.17). Não preciso me envergonhar do nome de Jesus. “Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.” (Marcos 8.38)


P. Leandro Daniel Ristow
pastor.ristow@gmail.com
 


Autor(a): P. Leandro Ristow
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 27636

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