Não faz muito tempo: no Natal fomos confrontados com a alegria dos anjos, anunciando o nascimento do Salvador. Sua vinda contrariou a expectativa do povo em sua época, pois nascera como criança, pobre e humilde. Poucas pessoas reconheceram a presença de Deus naquela manjedoura.
Ao relembrar o Natal, recém-ocorrido, constatamos que pouca coisa mudou. A sociedade festejou o Natal, e muitos esqueceram a voz do poeta que afirma: “No Natal a gente sempre agradece por Jesus ter nascido em Belém. Mas nem sempre se lembra na prece que Ele nasce na gente também”. As luzes que encantaram as crianças, que iluminaram as residências e as avenidas foram apagadas, dando lugar a um novo brilho, a um novo olhar.
Logo após o Natal, a mídia já direcionava a atenção para outro momento e um novo tipo de alegria: o Carnaval. É a alegria “carnal”, baseada nos conceitos humanos de encarar a vida. Orgia e prazer é seu ponto máximo. Não é para menos que a preocupação das autoridades governamentais se volta em aconselhar os foliões a respeito dos efeitos danosos à vida que a orgia traz. É impossível barrar a prática sexual, por isso, distribuem-se camisinhas e pílulas do dia seguinte. A polêmica está no ar. Por um lado, encontramos aqueles que defendem a liberdade indiscriminada, onde tudo é possível, desde que “se faça com moderação”. Por outro lado, estão os que defendem maior rigidez no controle da prática de atos libidinosos. Porém, no momento do prazer não há lugar para medir as conseqüências. Essas virão e trarão consigo sentimentos de angústia, medo e dor, certamente muito mais profundos do que os sentimentos de alegria que o Carnaval proclama.
É possível reverter à situação? Tudo indica que não! Mas é possível olhar o futuro e decidir não proceder mais do jeito humano de ser feliz. É momento de arrependimento. É tempo de buscar a Deus, onde encontramos a fonte da verdadeira alegria, que não passa, mas dura eternamente. É tempo de “cinzas”.
O profeta Joel diz: Em sinal de arrependimento, não rasguem as roupas, mas sim o coração. Voltem para o Senhor, nosso Deus, pois ele é bondoso e misericordioso; é paciente e muito amoroso e está sempre pronto a mudar de idéia e não castigar. (Joel 2.13)
P. em. Renato Augusto Kühne
Taguatinga - DF