Celebração


ID: 2651

Pinheiro de Natal

Meditação

17/12/2009

Texto base Is 11.1

É tempo de advento, tempo de preparação para celebramos o nascimento do menino Jesus, tempo para compartilhar a esperança de que Deus em Cristo está renovando o mundo e todos que nele habitam.

É tempo de advento. Neste tempo de preparação estamos rodeados de sinais que apontam para a nova criação de Deus. As velas da coroa de avento, cuja luz anuncia o brilho de Deus nascendo em meio à escuridão do mundo, em meio à nossa escuridão. A fonte de água que aponta para o início da nossa jornada com Deus junto ao seu povo . . . os paramentos sobre o altar cujas cores apontam para o Deus que caminha dentro da história humana, o Deus que faz parte das diferentes estações do ano e das nossas vidas . . . o livro de onde ouvimos histórias . . . palavras originalmente dirigidas a outras pessoas que se tornam também palavra de vida para nós . . . suas promessas nos sustentam . . .

É tempo de advento, tempo de recordar a promessa anunciada pelo profeta, “virá um descendente do rei Davi, filho de Jessé, que será como um ramo que brota de um toco, como um broto que surge das raízes” (Is 11.1). O pinheiro de natal quer ser um sinal que aponta para a fidelidade Deus, nossa esperança.

Nos países frios da Europa, na época do inverno, enquanto todas as árvores estão desfolhadas, o pinheiro é o único que mantém as suas folhas ainda viçosas e verdes. Suas folhas se destacam em meio à paisagem branca. Elas anunciam que o frio do inverno pode ser longo e árduo, entretanto a vida persiste . . . a primavera há de chegar. O pinheiro de natal é símbolo de esperança e de persistência. Assim como o povo de Israel precisava ouvir da boca do profeta Isaías palavras de esperança, nós também precisamos do verde da esperança colorindo o nosso caminhar, reanimando o nosso serviço na comunidade e no mundo. O pinheiro de natal quer ressaltar, junto com o apóstolo, que “Deus, que começou este bom trabalho ma vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no Dia de Cristo Jesus” (Fl 1.6).

É tempo de advento, tempo de celebrar a vida que Deus reparte conosco, “eu vim para que tenham vida e vida em abundância” (Jo 10.10). O pinheiro de natal é sinal da vida e da criação de Deus. A tradição de se usar a árvore como símbolo da vida é muito antiga e não é exclusiva do cristianismo. No Judaísmo encontramos a imagem da árvore da vida, cujo fruto, devido ao pecado humano, foi proibido de ser comido por Adão e Eva e seus descendentes. Do antigo Egito existem relatos de que as pessoas levavam galhos de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano, em Dezembro, simbolizando assim o triunfo da vida sobre a morte.

Quanto ao pinheiro e seu uso na Igreja existe uma tradição sem fundamento histórico de que Martinho Lutero teria iniciado o costume de usar o pinheiro como um símbolo de natal. Entretanto, os muitos anos de intensa pesquisa na vida de Lutero nada revelam sobre isto. O que se sabe ao certo é que da encantadora região da Alsácia nos chega o testemunho de se representar a vida ofertada pelo menino Jesus através do pinheiro. Esta tradição começou em meados do século 17 quando cristãos evangélicos da região adotaram o costume de enfeitar suas casas com pinheiros no dia de natal. Este hábito foi passando de vizinhança em vizinhança, alcançando hoje até países onde o colorido do pinheiro se destacando na neve é um fenômeno desconhecido.

Se a neve nos é algo distante da nossa realidade, a árvore como símbolo de vida nos é familiar. Dos pomares de nossas casas às prateleiras dos supermercados recebemos frutas que nos alimentam e nos sustentam. E como qualquer aluno, aluna de ensino médio pode nos explicar, dependemos do oxigênio produzido pelas árvores para sobreviver.

O pinheiro, árvore de natal, é símbolo de vida que aponta para o Deus criador que sustenta a vida e que nos concede tudo o que necessitamos para vivê-la de forma digna e abundante. Tudo o que temos e somos vem de Deus. Também nossos dons e talentos são presentes de Deus. Em resposta e gratidão à bondade de Deus, somos chamados, chamadas para compartilhar com as outras pessoas daquilo que recebemos de suas mãos. Servindo a Deus com nossos dons e talentos, colaboramos na comunidade e na sua missão de trazer a salvação para este mundo.

É tempo de advento, tempo de acolher a salvação de Deus, “o Senhor não demora a fazer o que prometeu . . . pelo contrário, o Senhor é paciente porque ele não quer que nenhuma pessoa se perca, mas deseja que todas as pessoas se arrependam” (2 Pe 3.9). O pinheiro de natal é sinal de abrigo, acolhida, e amparo. Sob seus galhos os pássaros, mas também outras formas de vida encontram alimento, sombra e descanso. Para a Igreja, o pinheiro de natal reúne em torno de si famílias, comunidades, pessoas que celebram a dádiva de Deus nos dada por Jesus Cristo. Pois em Cristo Deus nos chama para se voltar a Ele. Em Cristo Deus nos acolhe e nos oferece abrigo, amparo e descanso. Nós nos reunimos em torno do pinheiro de natal porque reconhecemos e confessamos que somos parte do povo de Deus. Como povo de Deus nós somos alimentados com o seu perdão e reconciliação. Do ramo que brota de um toco floresce o fruto para a vida eterna. Este pode ser comido livremente e repartido abundantemente. Do descendente do rei Davi, filho de Jessé, que como um broto que surge das raízes, Deus nos faz viver de novo, hoje e sempre. Amém.

Autor P. Ms. Alexander Busch
Par. Ev. Itoupava Central
Blumenau - SC


Autor(a): Alexandre Busch
Âmbito: IECLB / Sinodo: Vale do Itajaí
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Natal
Testamento: Antigo / Livro: Isaías / Capitulo: 11 / Versículo Inicial: 1
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7409

AÇÃO CONJUNTA
+
tema
vai_vem
pami
fe pecc

Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria nem o forte na sua força nem o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que Eu sou o Senhor e faço misericórdia.
Jeremias 9.23-24
REDE DE RECURSOS
+
Nenhum pecado merece maior castigo do que o que cometemos contra as crianças, quando não as educamos.
Martim Lutero
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br