Celebração


ID: 2651

Lucas 23.33-49 - Sexta-feira da Paixão - 15/04/22

Caderno de Cultos 2022 - Sínodo Mato Grosso

15/04/2022

 

15/04/22 – Sexta-feira da Paixão

Texto de prédica: Lucas 23.33-49

Demais leituras: Oseias 5.15b-6.6; Hebreus 4.14-16; 5.7-9   

P. Pedro Puentes – Sinop/MT

 

LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA

Bem vindos e bem vindas a este culto de sexta feira. Neste tempo da paixão lembramo-nos dos últimos eventos na vida de Jesus em Jerusalém: da traição de Judas, da cobardia de Pedro, do medo dos discípulos. Mas, acima de tudo, lembramo-nos da Ceia, expressão de fidelidade que gera confiança. Do lava-pés de Jesus, exemplo de humildade e serviço. E da Cruz e morte de Jesus, testemunho de constância e amor do nosso Senhor. A palavra bíblica que conduz este culto diz: “De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (1Co 1.18).

CANTO DE ENTRADA

Hino 25 – LCI - Quando o povo se reúne

SAUDAÇÃO

(Invocação Trinitária)

O nosso socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra.

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

CANTOS DE INVOCAÇÃO

Hino 581 - LCI - Deus sempre me ama

CONFISSÃO DE PECADOS

Senhor e Deus nosso, estamos perante ti para confessar as nossas faltas. Confessamos que nem sempre consideramos tua bondade, paciência e amor, por isso há falta de gratidão nas nossas vidas. Confessamos, também, o egoísmo e falta de amor que nos impedem fazer o que é certo em pensamentos, palavras e ações. Confessamos que pela nossa comodidade e cobardia não fazemos tudo aquilo que deveríamos ter feito, deixando assim a maldade tomar conta do nosso mundo. Senhor, olha para nós com misericórdia. Cura o coração quebrantado e cuida das suas feridas. Salva e converte-nos, Senhor, porque tu és o nosso louvor. Tem piedade de nós, Senhor.

ANÚNCIO DO PERDÃO

Para quem em humildade e arrependimento confessou lhe é anunciada a palavra do profeta que diz: “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados”. (Isaías 53.5). Assim declaramos o perdão dos pecados. Amem.

KYRIE

Hino 56 – LCI - Pelas dores deste mundo, ó Senhor

ORAÇÃO DO DIA

Querido Deus oculto na cruz, nós ficamos contigo. Fortalece nossa fé, esperança e amor. Temos certeza de que com a aurora, a noite da tua morte que lembramos, findará. Temos vinho e pão, batismo e palavra anunciada. Faça de nós pessoas que testemunhem o Cristo que se sujeitou a sofrer traição, abandono e morte na cruz por nós. Por Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, Amém.

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

LEITURAS BÍBLICAS

1ª Leitura Bíblica: Oseias 5.15b-6.6

2ª Leitura Bíblica: Hebreus 4.14-16

3ª Leitura Bíblica: Lucas 23.33-49

Hino 320 – LCI - Senhor, se tu me chamas

PREGAÇÃO

Que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai,

e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês! (Gl 1.3).

O relato do evangelho Lucas 23.33-49 centra nossa atenção no Cristo Crucificado. E o que essa imagem diz para nós hoje? O apostolo Paulo diz que no seu tempo as opiniões estavam divididas. Para algumas pessoas era um escândalo e para outras uma loucura. E, para ele, era sinal do poder de Deus!

A pergunta fundamental que surge: Como um sinal de fraqueza, derrota e fracasso, como é um crucificado, pode apontar para o poder de Deus? O que deveríamos ver na cruz e que não estamos enxergando?

O primeiro que podemos dizer é que o crucificado na cruz é um protesto e uma resistência contra todo o processo de ocultamento e esquecimento das dores deste mundo.

O nosso tempo está marcado por um excesso de informações onde podemos acompanhar virtualmente muitas das dores deste mundo, mas dificilmente sofremos junto com quem padece. Com tanta informação sobre sofrimentos é mais comum que as pessoas se fechem, para se proteger. Essa superexposição da dor e sofrimento causa o efeito contrario. Assim, em lugar de empatia e solidariedade há um endurecimento e isolamento que leva a se tornar insensível para com as pessoas que padecem. No fundo, são poucas as pessoas que têm a coragem de enfrentar o sofrimento, seja o próprio ou o das outras pessoas. Assim, o sofrimento virou um tabu. Algo do qual não se fala e que é oculto, dissimulado.

A história da Paixão de Jesus Cristo nos obriga a olhar para o sofrimento e, mesmo que seja dolorido e escandaloso, nos exige afirmar que ele está em meio à vida. Quando aceitamos que na vida há sofrimento podemos lidar melhor com ele. A cruz e o crucificado não permitem que os olhos se fechem diante do sofrimento. Tampouco que as dores deste mundo caiam no esquecimento nem que sejam silenciados. O crucificado diz para todas as pessoas que sofrem: “vocês não foram esquecidas por Deus”. Muito pelo contrario, na cruz Deus assume todas nossas dores e sofrimentos, como diz o profeta Isaías: “No entanto, era o nosso sofrimento que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando” (Is 53. 4a).

Assim como Deus se solidariza com a dor humana, nos somos chamados/as a fazer igual. O apóstolo Paulo dirá que é necessário chorar com quem chora (Rm 12.15b). Sem essa sensibilidade para com a fragilidade e vulnerabilidade do próximo, expressada na dor e sofrimento, não há como progredir como civilização humana. De alguma forma o sofrimento é um divisor de águas entre o humano e a besta.

O segundo que podemos dizer é que a cruz se constitui num protesto contra toda glorificação daqueles poderes que têm a capacidade de infringir sofrimento e dor. Não é segredo que em nossa sociedade há uma tendência a “absolutizar” diversas instituições sociais. Assim, o Estado, as Igrejas e Sociedades de diversos tipos, sentem-se na liberdade de intervir na vida das pessoas e manipular os seus caminhos de vida. Cada qual com suas exigências, a partir de sua própria escala de valores, molda, tolhe e até agride o ser humano. Ameaçando e comprometendo sua autonomia lhe reduz a um objeto e/ou peça descartável dos seus interesses. Nesse contexto, infligir dor e sofrimento aparece como legítimo pela lógica de que “o fim justifica os meios”.

A cruz e o crucificado nos lembram de que ninguém neste mundo tem o direito de causar dor e sofrimento. Por causa da morte de Cristo não é possível legitimar a dor e o sofrimento. Seu sacrifício acabou com todos os sacrifícios, ninguém mais precisa sofrer! Porque, como diz a carta aos Hebreus: “Cristo foi oferecido uma só vez em sacrifício, para tirar os pecados de muitas pessoas” (Hb 9.28a). A cruz de Cristo nos coloca num processo de cura do nosso masoquismo que sente prazer no sofrimento e na dor. Por isso o apóstolo Pedro pode dizer: “Por meio dos ferimentos dele [Cristo] vocês foram curados” (1Pe 2.24b).

Entretanto precisamos fazer uma observação. Não é a cruz em si o que nos cura, e sim para o que ela aponta. No sofrimento do crucificado encontramos, por um lado, um juízo contra toda negação e indiferença e/ou toda legitimação do sofrimento e a dor humana. Negação e legitimação são as duas caras de uma e mesma moeda só. Enquanto a negação conduz a uma omissão, a legitimação alimenta a violência que massacra escancaradamente ou de forma simulada pessoas, grupos ou povos. Por outro lado, no Cristo crucificado encontramos o pleno rosto de Deus: o seu amor pela humanidade. A cruz expressa o amor incondicional de Deus, sua determinação de amar e sarar sua criação. Assim sendo, a humanidade não está abandonada nem entregue a sua própria sorte, muito menos aos usurpadores poderes deste mundo. Por tudo isso o apostolo pode dizer: “a cruz é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (1Co 1.18). E nós, junto com ele confessamos que a cruz que Deus cravou neste mundo é o início do fim dos poderes que hoje pretendem lhe dominar. Como testemunhas desse amor incondicional de Deus, nós trabalhamos, junto com Cristo, com alegria, gratidão e esperança na cura e deste mundo. Amém.

CONFISSÃO DE FÉ

Hino 50 - HPD - Nossos corações pertencem ao varão de Gólgota

ORAÇÃO DE INTERCESSÃO

Motivos de Oração:

1. Aniversariantes

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Oremos:

Senhor, nesta hora que nos lembramos da paixão e morte do teu Filho, permite termos a certeza de que a cruz trouxe para nós a libertação de todos os poderes que nos dominam. Por isso nos rogamos:

·      Pela Igreja de Cristo em todo o mundo, para que possa anunciar o evangelho em paz e tranquilidade;

·      Pela comunhão das pessoas batizadas em Cristo, para que superem suas limitações e suas dificuldades;

·      Pelos povos que não reconhecem Jesus como o Filho de Deus. Que Deus olhe por todos;

·      Pelas pessoas que têm dúvidas de fé, para que sejam fortalecidas na fé em Deus;

·      Por aqueles que declaram não crer em Deus, para que Deus não desista deles;

·      Pelas pessoas que desempenham cargos públicos, as lideranças do país, para que nos governem com justiça.

·      Pelas pessoas que sofrem por causa de angustia, doença, e aquelas que estão em vulnerabilidade.

·         Pelos que sofrem injustiças e desilusões, os que são abandonados e esquecidos nas dores, sofrimentos e miséria.

Recebe essas orações, Senhor, e atende nossas súplicas que colocamos perante ti quando oramos a oração que teu Filho nos ensinou:

Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS

Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.

Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...

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BÊNÇÃO

ENVIO

L: Te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos.

C: Por tua santa Cruz, redimiste o mundo.

CANTO FINAL

Hino 285 - LCI - Que a luz de Cristo brilhe


Autor(a): Pastor Pedro Alonso Reyes Puentes
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Área: Celebração / Nível: Celebração - Liturgia
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 23 / Versículo Inicial: 33 / Versículo Final: 49
Título da publicação: Caderno de Cultos - Sínodo Mato Grosso / Ano: 2022
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 66226

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Jesus Cristo diz: Passarão o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.
Lucas 21.33
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Ele, Deus, é a minha rocha e a minha fortaleza, o meu abrigo e o meu libertador. Ele me defende como um escudo, e eu confio na sua proteção.
Salmo 144.2
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