Celebração


ID: 2651

Hebreus 4.14-16, 5.7-9 - Sexta Feira da Paixão

Caderno de Celebrações 2014/2015 - P. Rodrigo Dreissig

03/04/2015

CULTO PARA MARÇO - 2015
Sexta Feira da Paixão
Departamento de Música e Liturgia do Sínodo da Amazônia
Leitura Bíblica: Is 52.13-53.12; Salmo 22; Jo 19.16-30 (31-37)
Pregação: Hebreus 4.14-16, 5.7-9
P. Rodrigo Dreissig – Espigão do Oeste - RO


LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA: Bom dia! Sejam todos/as bem-vindos/as. Saúdo-vos com as palavras do Evangelho de Jo 15.13 onde lemos: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar a própria vida em favor dos seus amigos”. Essas palavras falam do amor de Deus revelado na obra redentora de Jesus Cristo. Queremos, nesta celebração, refletir sobre esse amor e, também, sobre o abandono e o sofrimento experimentados por Jesus na cruz para mostrar-nos a complacência de Deus. Sejam todos/as bem-vindos/as. De forma especial, acolhemos as pessoas que estão nos visitando neste dia. Iniciamos cantando:

CANTO DE ENTRADA
34 - ENE – Ó fronte ensanguentada

INVOCAÇÃO TRINITÁRIA: Jesus Cristo morreu! Mas seu pai não o abandonou. Deus esteve atento aos seus anseios e súplicas. E ele está atento também às nossas. Por isso, nos reunimos em seu nome e invocamos a sua presença entre nós cantando:

CANTOS DE INVOCAÇÃO
332 - HPD – Deus está aqui, aleluia.

CONFISSÃO DE PECADOS: Embora muitas vezes nos sintamos abandonados por Deus, podemos ter a certeza, mediante a fé, de que os seus ouvidos estão atentos às nossas necessidades. Deus quer ouvir-nos e orientar-nos como um bondoso pai ouve a seu filho. Por isso, vamos confessar-lhe as nossas faltas, os nossos erros, aquilo que nos angústia e perturba a consciência e, logo em seguida, vamos rogar pelo seu perdão:
Bondoso Deus, queremos reconhecer que o pecado que levou o teu filho à cruz, ainda habita entre nós. Muitas vezes ele nos domina e nos afasta de ti. Quando isso acontece, fazemos aquilo que não queremos fazer: magoamos o nosso próximo, nos afastamos da vida comunitária, exploramos a quem deveríamos ajudar, maltratamos os membros da nossa família, fugimos de nossos compromissos, caminhamos pelos caminhos escuros das drogas, do álcool e não respeitamos os teus ensinamentos. Sabemos que, com a morte de Jesus, o pecado foi derrotado. Por isso, perdoa-nos e fortalece a nossa fé para que unidos a Jesus também nós possamos vencer o pecado quando ele tentar nos afastar de ti e do teu verdadeiro amor. Perdoa-nos quando juntos rogamos pelo teu perdão cantando: Perdão, Senhor, perdão...

ANÚNCIO DO PERDÃO: Deus nos perdoa. Ele tem compaixão de nós. Caso contrário não teria entregado o seu único filho à morte de cruz. Por isso, a quem confessou os seus pecados a Deus em humildade e arrependimento, eu anúncio o seu perdão. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

KYRIE: Unidos aos que clamam pela paz e pela vitória da vida sobre a morte, clamemos: pelas dores deste mundo, ó Senhor... (Kyrie Eleison – Rodolfo G. Neto).

ORAÇÃO DO DIA: Deus Todo-poderoso! Tu enviaste teu Filho para nos reconciliar contigo. Reconhecemos que ele revelou-nos seu imenso amor, quando se sujeitou a sofrer traição, abandono e morte de cruz. Pedimos-te que esta celebração nos auxilie a refletir sobre os acontecimentos da Sexta-feira da Paixão, fatos que revelam o teu amor imensurável pela humanidade. Por Jesus Cristo, que contigo e com o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS BÍBLICAS

1ª Leitura Bíblica: Is 52.13-53.12

Recitação do Salmo 22 (duas pessoas leem o salmo alternadamente em voz alta e clara).

CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
195 - ENE – A tua palavra é semente

2ª Leitura Bíblica: Jo 19.16-30 (31-37)

CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
190 - ENE – Palavra não foi feita

PREGAÇÃO: Hb 4.14-16, 5.7-9 (ler)

Tema: A angústia diante da morte!
Saudação: Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês. Amém!
Oração: Bondoso Deus, sabemos que teu filho, Jesus Cristo, passou pela dura realidade da morte. Sabemos também, que um dia vamos nos defrontar com ela. Por isso, orienta-nos por meio da tua palavra para que nem mesmo o limiar da morte nos afaste de ti, do teu amor e dos teus ensinamentos. Amém!

Prezada comunidade!
Hoje é um dia triste para os cristãos do mundo inteiro e, também, para nós que aqui nos reunimos. A Sexta-feira Santa nos leva a refletir sobre a morte cruel de Jesus Cristo, o filho de Deus. Quando refletimos sobre a morte de Jesus, lembramos e pensamos também na nossa morte: porque temos que morrer? Porque temos que passar por tudo isso? Enfim, nós sabemos que teremos um fim, mas não sabemos como vão ser nossos últimos momentos de vida.
Jesus Cristo sabia que teria um fim próximo. Até falou com seus seguidores sobre sua morte iminente. Ele seria sacrificado como um cordeiro e pagaria na cruz pelo pecado humano. Jesus sabia que a morte precisaria ser vencida e que, para vencê-la, ele teria que passar por ela, teria que sofrer suas duras consequências. Mas ele estava disposto a enfrentá-la e tudo isso ele faria em nosso lugar, para livrar-nos do pecado e para mostrar-nos que ao lado de Deus tudo é possível e até mesmo a morte pode ser eliminada.
Ao ser humilhado, chicoteado, pregado na cruz e ferido com uma lança Jesus assume o nosso lugar. Ele ocupa o lugar de quem deveria ser punido, o lugar do ser humano pecador. Mesmo sendo inocente, ele dá a sua própria vida para ser sacrificada em lugar dos seres humanos pecadores.
Antes de ser sacrificado ou pregado na cruz, Jesus passou por muito sofrimento: sentiu-se fragilizado, entristecido, injustiçado, estava com sede, foi duramente negado por um de seus discípulos... Enfim, Jesus sentiu em sua pele a dor de alguém que se percebe ameaçado pelo fim de sua existência.
Ele não queria morrer, sua aflição era grande, mas estava diante da morte. Ele a pressentiu, sofreu as suas consequências e, por isso, sabe da angústia que os seres humanos sentem quando eles se deparam com ela.
A morte de Jesus não era da vontade de Deus, pois nenhum pai quer isso para o seu filho. Ninguém coloca seu filho para ser sacrificado brutalmente. Deus queria apenas obediência e isso Jesus demonstrou até o final de sua vida. Ele resistiu às tentações do mundo e seguiu fiel ao seu Pai até a morte de cruz, pois sabia que Deus tinha poder para vencê-la.
Prezada comunidade!
Ninguém de nós quer morrer. Todos querem viver. A morte separa as pessoas, rompe a possibilidade das pessoas voltarem a se encontrar em seus espaços de convívio (seja na escola, em casa, no trabalho ou na igreja) e provoca um sentimento de perda dolorosa nas pessoas que ficam.
A morte sempre significa despedida, angústia, sofrimento e luto. Mesmo que todos nós saibamos que a morte é a única certeza na vida, cada um de nós, no momento em que ela se aproxima, é tomado por um sentimento de impotência, angústia e dor. Ou seja, ficamos apavorados, choramos, oramos, suplicamos por vida. Isso acontece porque não queremos morrer.
Jesus também experimentou esses sentimentos quando esteve diante da morte. Ele não queria morrer. Mas, fazer o quê? A quem pedir socorro? Onde estava Deus? Será que Deus o tinha abandonado? Não! Deus não o havia abandonado. Deus estava ouvindo o seu clamor, as suas orações.
O autor da carta aos Hebreus deixa isso claro quando diz: “Durante a sua vida aqui na terra, Cristo, em voz alta e com lágrimas, fez orações e súplicas a Deus, que o podia salvar da morte. E as suas orações foram atendidas porque ele era dedicado a Deus”. Isso significa que o próprio Jesus fez o que os seres humanos fazem quando se defrontam com a morte: pediu socorro a Deus.
Jesus foi crucificado, morto e sepultado. Ele enfrentou a morte e, por isso, Ele sabe também o que nós sentimos quando a nossa vida terrena chega ao fim e, da mesma forma como seu Pai, Ele ouve o nosso clamor, a nossa súplica, o nosso choro.
Jesus sentiu-se abandonado por Deus, em seu sofrimento, quando gritou: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” Mc 15.34. Esse grito também os seres humanos efetuam quando estão desesperados. Mas sabemos que Deus não abandonou o seu Filho. Deus o ressuscitou e o acolheu para junto de si. E isso Ele também há de fazer conosco. Ele não nos abandona em momentos de dificuldade, Ele nos ouve, está atento aos nossos anseios e quer ajudar-nos a superar as dores que sentimos.
As orações que nós dirigimos a Deus, assim como a de Jesus, chegam aos ouvidos atentos de Deus. Precisamos lembrar que, mesmo quando nossas orações não são atendidas, elas são ouvidas por Deus. Deus inclina seu ouvido e ouve a aflição do seu povo, assim como fez com Jesus.
O autor de Hebreus diz que Jesus foi ouvido. Não foi ouvido sendo libertado da morte de Cruz, mas foi ouvido recebendo forças para poder dizer: “Pai em tuas mãos entrego o meu Espírito” (Lc 23.46). Muitas vezes, pedimos que Deus nos livre do sofrimento, mas ao invés disso ganhamos forças e ânimo para enfrentar o sofrimento.
Estimada comunidade!
A Sexta-feira da Paixão rememora os acontecimentos finais da vida de Jesus, sua morte na cruz e seu sepultamento e, também, lança um olhar para a ressurreição. A morte continua, sim, é a última inimiga a ser vencida pelas pessoas, mas já não tem mais a última palavra. Jesus venceu-a com sua morte e ressurreição.
Hoje, graças a Jesus, cremos na promessa da ressurreição para a vida eterna. Ao mesmo tempo, graças a Jesus, também podemos ter a certeza de que nossos entes queridos falecidos não estão jogados à própria sorte, ou seja, eles não estão abandonados.
A morte não nos lança ao nada, mas sim nos braços de Deus que tem poder sobre ela. Como diz Paulo: “nem a morte, nem a vida, (...), não há nada que pode nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor” (Rm 8.38ss). Tudo o que vem com a morte já foi experimentado por Jesus, que a venceu. Por isso, vivamos na certeza de que para quem crê a morte não tem a última palavra. Amém!

HINO
33 - ENE – Ó meu Jesus, que mal tu cometeste

CONFISSÃO DE FÉ: Junto aos demais cristãos da face da terra queremos confessar a nossa fé através das palavras do Credo Apostólico: Creio em Deus Pai...

CANTO PÓS-CONFISSÃO (proceder a motivação e o recolhimento das ofertas)
92 - ENE – Sabes, Senhor

ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes;
2. Enlutados;
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Oremos: Louvado sejas tu, Deus Eterno e Pai amado, por demonstrares teu amor por nós na cruz de Cristo e por fazê-lo ressurgir dentre os mortos. Por este motivo todos nós podemos, desde a primeira Páscoa, andar com fé na promessa de uma nova vida e da salvação. Rogamos-te, Senhor, pela paz no mundo, pelas pessoas injustiçadas e pelas nossas autoridades para que governem com justiça; assiste à tua Igreja e faze-a andar sempre pelos caminhos da verdade e da fidelidade; guarda os aflitos e sobrecarregados sob tua proteção e ampara os necessitados, sobretudo, os que estão sem lar e não tem o pão de cada dia; também pedimos para que olhes com compaixão para os doentes e moribundos. Isso para que possam confessar e testemunhar que tu és um Deus que protege, consola e ama a todos os teus filhos e filhas. Atende-nos, ò Deus, em nome de Jesus Cristo, aquele que nos ensinou a orar dizendo:

PAI NOSSO: Pai nosso...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta do último Culto: R$ _________ - destinada para...
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BÊNÇÃO

Que o Deus da vida, do amor e da paz,
Te ampare, quando caíres,
Te fortaleça, quando estiveres fraco,
Te dê a Sua luz, quando sobre ti se abater a escuridão,
Te dê o ouvido amigo, diante da tua solidão,
Te proteja, no teu caminho,
Te inclua, na comunhão dos que lutam pela paz,
E te abençoe hoje e sempre! Amém.

ENVIO
Que a paz de Deus vos acompanhe. Tenham todos/as um bom dia...

CANTO FINAL
45 - ENE – Cantai e Folgai
 


Autor(a): P. Rodrigo Dreissig
Âmbito: IECLB / Sinodo: Amazônia
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Natureza do Domingo: Sexta da Paixão

Testamento: Novo / Livro: Hebreus / Capitulo: 4 / Versículo Inicial: 14 / Versículo Final: 16
Título da publicação: Caderno de Celebrações - Sínodo da Amazônia / Ano: 2014
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 26486

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Quando Deus parece estar mais distante, mais perto de nós Ele se encontra.
Martim Lutero
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